PF encontra R$ 23 mi em contas de amigo de Temer
Extratos apontam dinheiro em empresa do coronel Lima; investigação apura decreto sobre portos
A Polícia Federal encontrou planilhas e extratos bancários que apontam cerca de R$ 20 milhões em contas de uma empresa do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer. E R$ 3 milhões estão em uma conta do próprio Lima.
A PF investiga a suposta atuação dele como um intermediário de propina do presidente da República.
O dinheiro está, de acordo com os documentos, em contas correntes e investimentos em nome do coronel (pessoa física), da PDA Projeto e Direção Arquitetônica LTDA e da PDA Administração e Participação LTDA.
Não há nenhuma menção nos papeis sobre a Argeplan, empresa mais conhecida de Lima, dona de diversos contratos milionários com o setor público nos últimos anos.
Em recente depoimento, um contador de Lima, Almir Martins, disse só se recordar do faturamento líquido da Argeplan, que seria em torno de R$ 100 mil a R$ 200 mil anuais. Afirmou ainda que o patrimônio atualizado da empresa é de R$ 5 milhões.
Há ainda uma segunda planilha, que detalha os tipos de investimentos.
Por exemplo, no caso da coronel, ele tem, de acordo com as anotações, dinheiro aplicado em letras de crédito imobiliário e em renda fixa.
Segundo registro na junta comercial de São Paulo, a PDA Administração, constituída em 2011, divide muro com a Argeplan na Vila Madalena (zona oeste de SP).
Seu objeto social é “gestão e administração de propriedades imobiliárias”. A reportagem tentou buscar contratos assinados pela PDA Administração, mas não achou.
A principal linha de apuração é de que o presidente lavou dinheiro de propina em transações imobiliárias e em obras em casas de familiares. Temer nega as suspeitas.
A Procuradoria-geral da República suspeita que decreto assinado por Temer em 2017 tenha beneficiado a Rodrimar, que atua no porto de Santos, e que teria pagado propina em troca. O presidente nega. A PGR (Procuradoria-geral da República) suspeita que decreto assinado por Temer em maio de 2017 tenha beneficiado a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos. Em troca, a empresa teria pago vantagem indevida a Temer A Polícia Federal encontrou planilhas e extratos bancários que apontam cerca de R$ 20 milhões em contas de uma empresa do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo de Michel Temer. Mais R$ 3 milhões estão em uma conta do próprio Lima
Defesa
Até hoje o coronel não se pronunciou à PF sobre as suspeitas
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