Novo estilo popping faz renascer dança de rua
Metrô Borba Gato, 15h30, Santo Amaro, zona sul. Um grupo de jovens fazendo movimentos curtos e ágeis, ouvindo música eletrônica, chama a atenção da reportagem. Parecia se tratar de breakdance, ou simplesmente break, a dança que acompanhava o rap, nos anos 1980. Cinco dançarinos acompanham com movimentos no ritmo da música.
Os passos lembram robôs se movendo juntos. Ou os zumbis do videoclipe “Thriller”, do cantor Michael Jackson, de 1984.
Um dos jovens, o dançarino profissional e instrutor de dança Edgar Matheus, 25 anos, explica que não é break, mas sim popping, uma de diversas vertentes das danças urbanas, também chamadas de street dance.
“As danças de rua estão se popularizando novamente, tanto na periferia da cidade bem como nos bairros mais ricos”, diz Matheus. “Há batalhas de dança praticamente toda semana, e não é só em São Paulo” Ele está à frente do Magic Five, grupo especializado em performance de popping, e que já ganhou prêmios e concursos.
“A procura por aulas de danças urbanas surgiu há mais ou menos dois anos. Contratei um instrutor e a demanda explodiu”, afirmou Isabella Pharinas, 59 anos, dona do estúdio de dança Dept Cult, na Chácara Santo Antônio, região de Santo Amaro, na zona sul.