Saiba o que vai mudar no cheque especial
Quem ficar muito tempo com o limite estourado poderá contratar crédito mais barato para quitá-lo
Os bancos se preparam para adotar novas regras para o uso do cheque especial a partir de 1º de julho. As mudanças prometem estimular os clientes a fazerem “uso consciente” dessa linha de crédito e, assim, evitar o aumento do endividamento.
Uma das principais novidades é que, sempre que o cliente entrar no cheque especial, será alertado pelo banco. E se ele usar mais de 15% do limite por ao menos 30 dias e o valor exceder R$ 200, o banco terá de oferecer alguma alternativa de crédito com juros menores. Caberá ao cliente aceitar ou recusar a proposta, que será refeita a cada 30 dias.
“O cheque especial nada mais é que um empréstimo pré-aprovado, criado para ser usado apenas em caso de emergência e de forma temporária, mas algumas pessoas o tratam como se fosse um complemento da renda e não se atentam para os juros altíssimos e a dívida vira uma bola de neve”, explica Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo de economia da Anefac (associação dos executivos de finanças).
Para Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (associação dos educadores financeiros), as medidas são paliativas e não evitarão que o consumidor se endivide, mas vai apenas diminuir o castigo de quem costuma abusar do cheque especial.