Fernando Hierro acalma o grupo
O diretor-esportivo de seleções, que disputou quatro Copas do Mundo (1990, 1994, 1998 e 2002) como zagueiro da Fúria, começou ontem uma gestão de crise para a unidade do elenco.
Em campo, porém, Fernando Hierro, 50 anos, sabe que terá pouco o que fazer para colocar as suas ideias para ajustar a Espanha, que amanhã estreia no Mundial contra Portugal, às 15h (de Brasília), em Sochi.
“Não há nenhum motim. Os jogadores estão até a morte com Hierro”, disse Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola.
Hierro é uma solução caseira, como Lopetegui foi, de certa forma, ao ser escolhido o treinador em julho de 2016. Ele renovou o acordo mês passado por dois anos.
Na despedida de Lopetegui, Hierro foi filmado conversando com o ex-comandante, gesticulando muito e parecendo estar contrariado.
Mais calmo, na entrevista coletiva, o terceiro maior artilheiro da história da Fúria (leia ao lado), disse estar preparado para o desafio.
“Não se pode mexer em dois dias um trabalho de dois anos”, afirmou Hierro, cuja única experiência como treinador foi no Real Oviedo, na temporada 2016-17, na Segunda Divisão Espanhola.
“É um desafio apaixonante. Sei os jogadores que temos e vamos os enfrentar com valentia. Eu poderia dizer não, mas não me perdoaria”, completou Hierro.
Sobre o futuro, o treinador reconhece que só poderá ser mantido se fizer uma boa participação na Rússia.
“Meu cargo é pensar em Portugal. Vou pensar exclusivamente no Mundial.”