Agora

Árabia promete surpreende­r

Seleções com piores posições no ranking da Fifa abrem hoje a Copa do Mundo 2018, em Moscou

- (FSP) (Agências)

A Copa do Mundo começará hoje, às 12h (de Brasília), com as duas piores seleções em campo, de acordo com o ranking da Fifa. A anfitriã Rússia, 70ª colocada, pegará a Arábia Saudita, 67ª.

Será a pior abertura da história das Copas de acordo com a posição no ranking, introduzid­o em 1992. Até então, a mais fraca havia ocorrido em 2010, com África do Sul, 83ª, e México, 24º.

Com diversas alterações ao longo da história —e mais uma prevista após este Mundial—, a lista da Fifa dá peso maior aos jogos realizados ao longos dos últimos 12 meses, com os anteriores a este período perdendo o valor de forma gradativa, sempre consideran­do a média em uma fórmula matemática.

No atual sistema, por exemplo, partidas amistosas têm peso 1; as de eliminatór­ias, 2,5; as de torneios continenta­is e de Copa das Confederaç­ões, 3; e as da Copa do Mundo, 4. Isso ajuda a explicar, em parte, a pior posição da Rússia na história.

Desde julho de 2016, quando acabou a Eurocopa, os russos só disputaram três jogos oficiais. Na Copa das Confederaç­ões de 2017, ganharam da Nova Zelândia e perderam para Portugal e México. Mas a fase não anda boa nem em amistosos.

A última vitória foi em 7 de outubro de 2017, um 4 a 2 sobre a Coreia do Sul.

Desde então, são sete partidas sem vitória, com quatro derrotas e três empates.

Fazer um esboço da escalação é tarefa quase impossível. Nesses sete amistosos, a Rússia não repetiu o time em nenhuma oportunida­de.

Se na Rússia há problemas, o mesmo pode se dizer da Arábia Saudita. Em quatro amistosos nesta reta final de preparação, perdeu três e ganhou um, da Grécia, que não está no Mundial.

Desde o fim das eliminatór­ias, na qual acabou em segundo de seu grupo —atrás do Japão—, o time já trocou duas vezes de treinador.

Em setembro do ano passado, o argentino Edgardo Bauza assumiu. Em novembro, após três jogos e uma vitória e dois empates, ele deu lugar a outro argentino: Juan Antonio Pizzi.

Se depender da audácia do técnico da Árabia Saudita, Juan Antonio Pizzi, os sauditas vão dar bastante trabalho para os donos da casa.

“Meu estilo é de competir ativamente. Vamos lutar por cada bola, por cada desarme, e queremos ter um estilo de vitória”, afirmou Pizzi.

“Queremos ser melhores na força física, na tática e também na técnica. Mas o meu estilo é de competir ativamente e ser o melhor”, acrescento­u o comandante.

Na visão dele, a melhor forma para surpreende­r é ter a bola no pé para enervar o time russo diante de sua torcida. “Gosto dos holofotes. Se tivermos a posse da bola, teremos resultados melhores”, finalizou.

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