Mulheres são 15% entre candidatos a governador
Se há uma coisa que MDB PSDB e PSL podem ter em comum nas eleições deste ano é o fato de apresentarem apenas uma mulher como candidata para a disputa aos governos estaduais.
Nessas siglas, que até o momento somam 42 précandidaturas ao cargo, o número de mulheres não chega a 10% dos postulantes.
A representatividade nos outros partidos, porém, também está longe de um cenário de igualdade.
Segundo levantamento feito pela reportagem, das 175 pré-candidaturas cogitadas pelos partidos até o momento para aos governos dos estados e Distrito Federal, apenas 15%, ou seja, 27, são de mulheres.
PTC, PHS, PRB e PPL não informaram se terão candidaturas próprias para o cargo.
Comparado às duas últimas eleições, o percentual de candidatas mulheres cresceu pouco. Em 2014, elas eram 12% dos 162 candidatos a governos nas eleições. Já em 2010, esse percentual era de 10% de 150 candidaturas.
A cientista política, professora da Universidade Federal da Bahia e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP (Universidade de São Paulo) Teresa Sacchet diz que o percentual é baixo em todas as esferas.
“Se não houver medidas que forcem os partidos a colocar mais mulheres como candidatos, vai continuar a preferência aos homens, por se achar que eles são mais articulados e pelo fato de as direções dos partidos terem na maioria homens”, diz.
Números
Das 25 legendas que disputarão os governos, 14 terão mulheres em 19 estados e no Distrito Federal.
Elevar o número de mulheres, entretanto, não é o suficiente para garantir mais mulheres no poder. Em 2014, Suely Campos (PP) foi a única eleita ao Executivo estadual, em Roraima. Em 2010, foram eleitas Roseana Sarney (MDB), no Maranhão, e Rosalba Ciarlini (DEM), no Rio Grande do Norte.