Mulheres são maioria nos videogames, diz pesquisa
Com o aumento do público feminino, o mercado faz jogos pensando nelas. Celular é mais usado
No censo mais atual dos games, as mulheres são a maioria pelo terceiro ano consecutivo. Elas predominam entre os jogadores, são 58,9%. É o que revela a 5ª edição da PGB (Pesquisa Game Brasil), que busca traçar o perfil do jogador brasileiro.
Pelo amor delas a joguinhos como Candy Crush e Tetris, o mercado está mudando e considerando o gosto feminino pelos jogos.
A mostra teve a participação de 2.853 pessoas, visitadas em 26 estados e no Distrito Federal, entre os meses de fevereiro e março.
O gosto pelos jogos varia na faixa etária, mas se concentra entre os 16 e 54 anos de idade. A plataforma favorita das meninas é o celular, ao contrário dos homens, que preferem jogar com consoles, segundo Guilherme Camargo, CEO do Sioux Group que coordenou a pesquisa, e professor de pós-graduação em Game Marketing na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
“Hoje em dia, quem produz os games pensa num público em geral, que inclui o gosto das mulheres. Há jogos personalizados mais para a audiência feminina. Os favoritos delas são os puzzles (quebra-cabeça).”
Camargo diz que as mulheres gostam de jogos mais simples, com menos explicações e poucas regras. Esses são os jogos chamados casuais. Um exemplo de jogo adorado pelas mulheres é a fazendinha, que cria uma dependência social para a manutenção do local virtual.
“Acaba envolvendo outros jogadores e cria uma rede de sociabilidade”, exemplifica.
A aposentada Nelci Verdum, 73, costuma pegar seu ipad e sentar na frente da televisão para jogar. “Relaxa a mente. Jogo todos os dias por uma hora, mas tem dias que fico mais de três horas.”
Ela conta que foi a neta, a gerente de projetos Sasha Oppermann, 28, que a apresentou para o mundo dos games há cinco anos.
“Mostrei os joguinhos para ela não ficar parada. Ela gosta do Candy Crush, porque envolve raciocínio”, diz Sasha. A atividade uniu as parentes. “Ela até torce para mim nos campeonatos.”