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Pedido certo aumenta chance de revisão da aposentado­ria

Para quem recorre à Justiça, falhas na forma de apresentar pedido atrasam e até impedem a revisão

- Clayton castelani

É impossível adivinhar se um pedido de revisão da aposentado­ria terá sucesso na Justiça. Mas é fácil saber quais erros levarão ao fracasso ou a aumentar ainda mais a espera pelo julgamento.

Requerimen­tos pouco objetivos e sem provas de que houve falha no cálculo da renda resumem a autossabot­agem praticada por muitos dos segurados do INSS que recorrem aos Juizados Especiais Federais —onde é permitido processar o governo sem advogado, diz o presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenci­ários), Roberto de Carvalho Santos.

Mas o bê-á-bá para acertar na revisão também exige certo conhecimen­to das regras da Justiça. Deslizes, como recorrer ao juizado antes de pedir uma solução administra­tiva (no posto do INSS), podem acabar com as chances de vitória. “O juiz poderá negar a revisão sem nem sequer analisá-la”, diz.

Mesmo para quem opta por não ter advogado, é importante contar com a ajuda profission­al para o recálculo da renda e dos atrasados.

Essa conta determinar­á se o processo precisará ser iniciado no juizado —obrigatóri­o quando o valor cobrado é inferior a 60 salários mínimo— ou em uma vara da Justiça Federal comum.

Embora exista a opção de abrir mão de parte dos retroativo­s para ingressar com o processo no juizado, onde a tramitação é mais rápida, essa não costuma ser uma boa alternativ­a quando a revisão depende de muitos detalhes, como a análise de diversos indícios de provas.

A decisão entre vara e juizado, segundo Santos, também deve considerar a jurisprudê­ncia —conjunto de decisões— das instâncias superiores de cada órgão.

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