Direitista é favorito no segundo turno à Presidência da Colômbia
Iván Duque ainda tem vantagem sobre o esquerdista Gustavo Petro em pesquisas; a eleição será hoje
Embora pesquisas tenham mostrado aumento das intenções de voto no candidato esquerdista Gustavo Petro, 58 anos, é o direitista Iván Duque, 41 anos, quem chega ao segundo turno da eleição presidencial da Colômbia, hoje, como favorito.
É a primeira votação para mandatário da nação após o acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O novo presidente encontrará um país com economia em recuperação (projeção de crescimento de 3% para 2018) e projeto de paz por terminar de ser implementado. Entre outros desafios, estão a redução da desigualdade e da pobreza extrema.
Nas últimas semanas, Petro, que teve 4,8 milhões de votos no primeiro turno (25%), recebeu o endosso de parte do eleitorado de Sergio Fajardo (centro-esquerda), que ficou em terceiro lugar, com 4,6 milhões de votos (24%). Também avançou entre os ex-eleitores do Partido Liberal, que teve votação pífia e reinava no Caribe.
Mas as pesquisas (que erram muito na Colômbia) dão ainda um amplo favoritismo a Duque. Com a disputa entre dois extremos, é possível que a presença às urnas diminua —foi de 52% no primeiro turno, um recorde para padrões da Colômbia. Se a abstenção for alta, analistas projetam a vitória de Duque.
Os dois candidatos enfatizaram a criação de empregos formais como prioridade. Duque defendeu mais abertura estímulo ao empreendedorismo, e Petro prometeu proteção aos mais pobres.
Duque se preocupa com o acordo de paz com as Farc, sobretudo com a eleição de pessoas com ondenações prévias e a anistia a narcotraficantes. Petro defende a implementação total do pacto aprovado em 2016.