Reajuste de convênios coletivos passa de 18%
As negociações são realizadas entre as administradoras e os planos; agência de saúde não interfere
Os planos de saúde coletivos por adesão com até 30 beneficiários terão, a partir de 1º julho, mensalidades reajustadas em até 18,4%.
O aumento no preço desses convênios é negociado diretamente entre as operadoras e as administradoras, como a Qualicorp, ou os grupos, que podem ser sindicatos ou associações de classe.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não regula esse valor, diferentemente do que ocorre com os planos individuais e familiares, cujo índice está limitado pela Justiça em 5,72%.
Na Amil, o aumento dos planos coletivos por adesão será de 18,85%. Do Bradesco Saúde, os consumidores estão recebendo avisos de aumento de 18,4%. Na Sulamérica, a alta será de 17%.
A Bradesco Saúde informou que o reajuste é baseado em contrato e que ele tem “como referência os índices de sinistralidade do plano e da VCMH (Variação dos Custos Médico-hospitalares) do período”. A Amil disse que, além dos custos médicos, há o impacto do novo rol de procedimentos. A Sulamérica afirmou que os reajustes estão em conformidade com as regras da própria ANS.
A Qualicorp disse que negocia sempre o menor reajuste possível e que oferece alternativas para os clientes.
Procurada, a agência do governo informou que não interfere por considerar que haja “maior poder de barganha do contratante”.