Trump se reúne com pais de vítimas de imigrantes ilegais
Visita acontece em meio a comoção por separação de crianças de estrangeiros que tentam entra nos EUA
“Eu não tive a sorte de ser separada por cinco ou dez dias [do filho]. Eu fui separada permanentemente.”
Foi assim que a americana Laura Wilkerson, cujo filho foi assassinado por um imigrante ilegal, abriu um evento organizado pela Casa Branca ontem em meio à comoção internacional sobre a prática do governo de Donald Trump de separar de crianças de seus pais imigrantes.
Ela e outras 12 mães e pais estiveram ao lado do presidente americano para contar suas histórias.
“Essas são as famílias que a mídia ignora. Não se fala sobre elas”, comentou Trump, que voltou a defender o endurecimento das leis migratórias dos EUA e a proteção das fronteiras.
O republicano não falou das famílias de imigrantes que ele prometeu reunificar, ao assinar uma ordem executiva nesta semana.
Mas o presidente citou números de um relatório do governo que indicam que 25 mil homicídios foram cometidos por imigrantes sem documentação nos EUA, ao longo de 55 anos. Crimes sexuais, foram 70 mil casos. Roubos, 42 mil.
O documento considera crimes ocorridos entre 1955 e 2010, mas 90% deles ocorreram a partir de 1990.
“Onde está a indignação da mídia com as políticas de ‘prender e soltar’ que permitem que criminosos violentos entrem em nossas comunidades?”, questionou Trump.
Uma das presentes ao evento, Sabine Durden, nasceu na Alemanha, país dispensado de visto de entrada nos EUA. Disse ter ido ao país legalmente, após pagar “muito dinheiro” e levar cinco anos para virar cidadã americana. “Não arrastei meu filho pelo deserto. Eu o protegi do mal”, disse.
Seu filho, Dominic Durden, foi morto em um acidente de carro em 2012, aos 30 anos. O acidente foi provocado por um imigrante ilegal.