Osorio vai do inferno ao céu
Com críticas da imprensa e vaias da torcida, o México se despediu do país antes de chegar à Rússia. Uma vitória sobre a campeã Alemanha depois, vive sob clima de euforia incontida e elogios.
Assim é a realidade vivida pelo treinador Juan Carlos Osorio, 57 anos, ou “Profe Osorio”, como costuma ser chamado, pela formação em Ciências de Exercício Físico e Rendimento Humano e Ciências Superiores do Futebol.
Tão imprevisível quanto o comportamento dos torcedores e jornalistas mexicanos é também o técnico. A cada jogo, apronta uma surpresa.
Em 49 jogos à frente da seleção, colocou em campo 49 formações diferentes.
Em 2017, na Copa das Confederações, chegou a trocar oito titulares de uma só vez, do primeiro para o segundo jogo. Isso após empatar por 2 a 2 com Portugal.
O rodízio virou uma marca caraterística de seu trabalho.
“A equipe sempre encarou este rodízio com tranquilidade. Sabemos que aqueles que estão jogando podem dar conta do recado, e os outros que entraram também”, disse o goleiro Ochoa.
“Ninguém sabe o que esperar ou que vai acontecer”, analisou o jornalista mexicano Manuel González Vargas, da agência de notícias DPA.
Ao longo de toda carreira como técnico, que teve início em 2006, no Millonarioscol, após cinco anos trabalhando como assistente no Manchester CITY-ING, Osorio manteve esta característica.
Um método de trabalho nem sempre compreendido.
Outra curiosidade são os bilhetinhos aos atletas à beira do gramado. Caneta vermelha, o mais importante; caneta azul, o resto. “Ele se entrega demais por este grupo. É um gênio. Esta é a verdade”, disse Layún.