Reforma em prédio atrasa e vai custar R$ 14 mi a mais
A reforma de um antigo hotel de luxo bem em frente à Prefeitura de São Paulo foi planejada para que a cidade economizasse com aluguel de repartições públicas. Atrasada, a obra afeta o cotidiano de servidores transferidos para lá e já custa R$ 14 milhões a mais que o previsto.
Antes do abandono e da desapropriação, o luxuoso Othon viveu períodos de glória e até recebeu a realeza. A prefeitura desapropriou o antigo hotel de luxo em 2015, na gestão de Fernando Haddad (PT). Na época, foi anunciado que a obra terminaria no primeiro semestre de 2017, ao custo de R$ 50 milhões (valores corrigidos).
Agora, a placa na fachada do prédio ostenta previsões bem diferentes: prazo de entrega para dia 29 de junho, ao custo de R$ 64 milhões.
A diferença em relação ao preço inicial é de 22%. O valor extra é quase duas vezes a estimativa da prefeitura de economia anual com aluguel e condomínio (R$ 7 milhões). Ao todo, administração transferiu 1.143 servidores da Secretaria da Fazenda para o novo prédio. A mudança foi feita em duas etapas, em fevereiro e maio deste ano.
Os funcionários encontraram o Othon ainda em obras. Entre os inconvenientes, está a quantidade de elevadores insuficiente. A rotina também inclui barulho, poeira e dificuldade para ir ao banheiro, diz relatos de quem trabalho no novo prédio.
O então prefeito João Doria (PSDB) visitou o local em fevereiro e prometeu que haveria redução de custos e que reforma facilitaria.