Agora

Um poste no meio do caminho

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Todo mundo diz que o paulistano precisa usar menos o carro para que o trânsito da cidade possa fluir melhor. Faz todo o sentido.

Para isso, claro, São Paulo necessita de um transporte coletivo mais eficiente: linhas de ônibus e metrô que cheguem a todos os lugares com pontualida­de.

Mas pouca gente lembra que também é importante haver boas condições para quem anda a pé. Nisso deixamos muito a desejar.

O conferiu as calçadas que acompanham 234 km em dez avenidas da capital. Em muitos pontos, não falta apenas conforto para os pedestres: a própria segurança deles fica em risco.

Isso ocorre naquelas situações em que postes, árvores e outros obstáculos estão no meio do caminho. Sem alternativ­a, homens e mulheres precisam usar a mesma rua dos carros.

O cenário na esquina da avenida Dona Belmira Marin com a rua Manifesto Popular, no Grajaú (zona sul), foi um dos exemplos mais graves encontrado­s.

Com cinco caçambas para o recolhimen­to de lixo no local, sobram apenas 55 cm de calçada. Nesse pequeno espaço, há um poste. Moradores relatam que duas pessoas já se acidentara­m por ali.

Os problemas, como sempre, são mais frequentes nas vias afastadas do centro, em regiões em geral mais pobres.

A Prefeitura de São Paulo, sob o comando de Bruno Covas (PSDB), afirma que os trechos visitados pela reportagem estão dentro das normas. Também informou que está em estudo um novo regulament­o para as calçadas.

Se as duas informaçõe­s estão corretas, é uma boa chance para elevar os padrões da cidade.

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