Umidade cai e capital já registra estado de atenção
Índice chegou a 26% na zona norte, diz o Inmet. Número de atendimentos cresce nos serviços de saúde
As temperaturas acima da média fizeram a umidade relativa do ar entrar em estado de atenção e chegar ontem a 26% no Mirante de Santana (zona norte), segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica de 30% a 21% como estado de alerta —o ideal é acima de 60%.
O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) apontou que estações meteorológicas em ao menos cinco prefeituras regionais tiveram índices abaixo de 30%. Já a Cetesb destacou Grajaú, Congonhas e Capão Redondo (zona sul), Santana (zona norte), Itaim Paulista (zona leste), Parque D. Pedro 2º (centro) e a marginal Tietê, na Ponte dos Remédios (zona oeste).
A baixa umidade é causada por massa de ar seco que atua sobre Sudeste e Centrooeste e faz as temperaturas permanecem acima da média. Segundo o Inmet, a média da temperatura máxima para este mês seria de 22,6˚C, mas ontem a média ficou em 26,7˚C.
O risco de problemas respiratórios aumenta com a secura. A prefeitura, sob gestão de Bruno Covas (PSDB), estima que cresce em ao menos 30% o atendimento de saúde no outono e o inverno.
No Hospital Infantil Menino Jesus, na Bela Vista (centro), a procura por atendimento para crianças com problemas respiratórios quase dobrou. A pediatra Alessandra Geisler Daud Lopes explicou que, com baixa umidade, as vias aéreas ressecam e o corpo trabalhar mais. “Isso pode resultar em doenças respiratórias, como bronquiolite e pneumonia”, alerta. Beber água, lavar o nariz com soro e tomar a vacina contra a gripe são as dicas.