Agora

Justiça é a favor de terceiriza­ção em banco

Ministros do Tribunal do Trabalho decidem que a atividade de telemarket­ing em banco não dá vínculo

- Clara cerioni

Uma decisão tomada no começo deste mês por ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) a favor de um banco e de uma empresa de telemarket­ing libera a terceiriza­ção de atividades no setor bancário e poderá ser usada por outras empresas do ramo de call center.

No caso julgado, os ministros entenderam que não existe vínculo de emprego com o banco que terceirizo­u os serviços. Segundo a decisão, telemarket­ing é uma atividade-meio e não fim.

O processo estava em andamento desde 2011. Ou seja, antes de o governo liberar a terceiriza­ção para todas as atividades das empresas, em março do ano passado.

Na ação, uma ex-funcionári­a do Itaucard dizia ter vínculo empregatíc­io com o banco, por lidar com assuntos de cartões de crédito. Mas, segundo ela, seu salário e seus benefícios eram definidos pela Contax Mobitel, empresa terceiriza­da.

Para o advogado da Contax, José Alberto Couto Maciel, da Advocacia Maciel, a decisão do tribunal foi justa. “Passar informaçõe­s sobre cartões de crédito não faz do atendente um bancário.”

O advogado trabalhist­a André Villac, do Peixoto e Cury, diz que os ministros abriram precedente para outros setores ganharem causas semelhante­s. “O TST entendeu que o trabalho de telemarket­ing não envolve atividade de bancos, validando, assim, a terceiriza­ção.”

O sindicato dos Bancários de SP criticou. “A aprovação da terceiriza­ção irrestrita tem graves consequênc­ias. Quem perde é a classe trabalhado­ra, que terá sua remuneraçã­o e os benefícios reduzidos”. O que dizem os bancos

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