Correria para o jogo lota metrô e trânsito
O metrô de São Paulo, que era a cara do sossego com o jogo da seleção brasileira, só com um ou outro passageiro de camiseta amarela, de repente virou um apinhado de gente, digno do horário de pico mais claustrofóbico.
A muvuca começou poucos minutos após as 13h, quando a maioria dos escritórios da região da Paulista liberou os funcionários para assistir a partida contra a Sérvia.
Era tanta gente descendo pelas escadas da estação Paulista da linha 4-amarela, que seguranças correram para inverter o sinal das catracas para dar vazão à onda de gente. Perrengue mesmo foi atravessar o túnel que separa as estações Consolação, da linha 2-verde, e Paulista, da amarela. O percurso que, em média, não leva nem 10 minutos tomava cerca de 20 de quem corria para assistir o jogo. “Nesse ritmo, vou chegar em casa depois que o jogo acabar”, disse a chapeira Andreia Pereira Souza, 26.
Na CPTM também teve aperto. Por volta das 14h, os trens da linha 7-rubi já estavam cheios nos dois sentidos. Pelo celular, usuários marcavam o ponto de encontro para ver o jogo. Com camisetas nas cores verde e amarelo, passageiros se destacavam dos demais, seja pela cor ou pela animação.
Na Luz, sentido Estudantes na linha 11-coral, as escadas rolantes não estavam funcionando, o que fez o fluxo de pessoas que iam acessar a plataforma ser igual aos horários habituais de pico.
Enquanto isso, na superfície, o trânsito da capital estava assustador. O congestionamento bateu 203 km às 14h, superando o recorde do ano, que havia sido em 27 de abril, com 197 km.
No final do primeiro tempo, às 15h45, o trânsito já estava do jeito que o paulistano gosta: de feriado no meio da semana.