Datena critica segurança pública de governos tucanos
Apresentador disse que sistema de segurança ‘está falido’. Ele lançou candidatura ontem
O apresentador José Luiz Datena (DEM-SP) criticou ontem a segurança pública do estado de São Paulo, que foi administrado por 23 anos pelo PSDB, partido do qual faz parte a coligação do jornalista. As críticas ocorreram no anúncio da pré-candidatura de Datena ao Senado.
“O PCC, criado aqui em São Paulo, é a organização criminosa que mais cresce no mundo inteiro. Significa que o sistema de segurança pública de São Paulo, do Brasil, está falido”, atacou, em discurso acompanhado pelo exprefeito João Doria (PSDB), candidato ao governo do estado, e outros caciques como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro Gilberto Kassab (PSD).
A facção criminosa se fortaleceu no período dos governo tucanos. Em 2006, liderou uma onda de violência em todo o estado, com cerca de 300 atentados a prédios públicos, agências bancárias e ônibus, 80 presídios rebelados e 59 agentes de segurança assassinados.
Questionado sobre a declaração de Datena, Doria afirmou que São Paulo tem os melhores índices de segurança pública do país, mas que medidas podem ser aprimoradas. “Não é discordância. A sinceridade do Datena é tão grande quanto o número de votos que ele vai ter”, afirmou. “A população de São Paulo também espera melhorias no sistema de segurança pública”, disse.
Mais críticas
Datena disputará a vaga na chapa de Doria e Rodrigo Garcia (DEM), pré-candidato a vice-governador. A segunda vaga de pré-candidato ao Senado está em aberto.
Definindo-se como político de centro, ele criticou a soltura do ex-ministro José Dirceu (PT), determinada pela Supremo Tribunal Federal. “Quando você solta o Zé Dirceu, que teria que cumprir pena, e não é só o Zé Dirceu, tem um monte de gente dos partidos que estão aqui lá dentro [da cadeia também], você dá a perspectiva de liberdade para um bandido do PCC ou do crime organizado.”
Prometendo honestidade, Datena justificou sua entrada na política. “Por que está do lado de tanta gente em que você mete o pau? Muito simples. Acordo bom não é aquele bom para os dois lados, é aceitar a parte ruim que vem do outro lado.”