Entenda tudo o que muda nos novos planos de saúde
Regras publicadas ontem pela agência de saúde permitem cobrança extra nos convênios médicos
Os gastos dos brasileiros com plano de saúde deverão subir. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) publicou ontem, no “Diário Oficial da União”, novas regras para a contratação de convênios médicos com coparticipação e franquia.
Na prática, as empresas poderão cobrar até 40% do valor de cada procedimento, no sistema de coparticipação, ou estabelecer um valor-limite a ser pago pelo consumidor, na franquia, além da mensalidade.
As duas modalidades já eram previstas pela legislação do setor, mas não havia um limite de cobrança estabelecido. A ANS apenas orientava as empresas a não cobrarem mais do que 30% de coparticipação. Agora, portanto, as operadoras podem ampliar o percentual.
O valor máximo a ser pago nas modalidades têm um limite. Poderá ser cobrado até o dobro por mês ou por ano. Veja ao lado como será.
Essas mudanças entrarão em vigor em 180 dias após a publicação, ou seja, no final de dezembro, e valerão apenas para contratos novos.
Pelas regras, no valor da mensalidade deverão estar incluídos 250 procedimentos que não podem ter cobrança extra. Entre eles, há quatro consultas com médicos como pediatra e clínico geral, o que não acontece hoje nesses tipos de contratos.
De acordo com a ANS, a ideia é diminuir o valor dos planos. Mas a Abramge (Associação Nacional dos Planos de Saúde) afirma que os preços podem não cair como se imagina, já que será preciso incluir os 250 procedimentos obrigatórios na mensalidade.