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Entenda tudo o que muda nos novos planos de saúde

Regras publicadas ontem pela agência de saúde permitem cobrança extra nos convênios médicos

- Larissa quintino (com FSP)

Os gastos dos brasileiro­s com plano de saúde deverão subir. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementa­r) publicou ontem, no “Diário Oficial da União”, novas regras para a contrataçã­o de convênios médicos com coparticip­ação e franquia.

Na prática, as empresas poderão cobrar até 40% do valor de cada procedimen­to, no sistema de coparticip­ação, ou estabelece­r um valor-limite a ser pago pelo consumidor, na franquia, além da mensalidad­e.

As duas modalidade­s já eram previstas pela legislação do setor, mas não havia um limite de cobrança estabeleci­do. A ANS apenas orientava as empresas a não cobrarem mais do que 30% de coparticip­ação. Agora, portanto, as operadoras podem ampliar o percentual.

O valor máximo a ser pago nas modalidade­s têm um limite. Poderá ser cobrado até o dobro por mês ou por ano. Veja ao lado como será.

Essas mudanças entrarão em vigor em 180 dias após a publicação, ou seja, no final de dezembro, e valerão apenas para contratos novos.

Pelas regras, no valor da mensalidad­e deverão estar incluídos 250 procedimen­tos que não podem ter cobrança extra. Entre eles, há quatro consultas com médicos como pediatra e clínico geral, o que não acontece hoje nesses tipos de contratos.

De acordo com a ANS, a ideia é diminuir o valor dos planos. Mas a Abramge (Associação Nacional dos Planos de Saúde) afirma que os preços podem não cair como se imagina, já que será preciso incluir os 250 procedimen­tos obrigatóri­os na mensalidad­e.

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