Maradona vira personagem de polêmicas no Mundial
Moscou Em 29 de junho de 1986, Diego Armando Maradona, o então maior jogador do mundo, carregou a Argentina nas costas e a levou ao título mundial no México, com a vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha no estádio Azteca.
Em 29 de junho de 2018, 32 anos após a conquista, Maradona continua querendo dominar uma Copa do Mundo. Ele se esforça para isso no hotel em que está hospedado em Moscou, próximo ao estádio Lujniki, nas gravações de seu programa para uma TV estatal ou nas festas privadas. Mas isso é mais visível nos estádios.
Diego tem sido uma atração da Copa do Mundo. Para o bem e para o mal.
Na última quinta-feira, foi detonada uma central de boatos por causa dele, após sair amparado por amigos do estádio em São Petersburgo depois da vitória argentina por 2 a 1 sobre a Nigéria. O resultado classificou a equipe para as oitavas de final. O exjogador passou mal, foi atendido por médicos na arena e, em seguida, liberado para voltar a Moscou.
Ontem, ele se desculpou. “Quero dizer-lhes que estou bem, que não estou e não fui hospitalizado. No intervalo do jogo com a Nigéria, o meu pescoço doeu muito e sofri uma descompensação. Fui examinado por um médico e ele recomendou que eu fosse para casa, mas eu queria ficar porque estávamos jogando tudo. Como eu iria? Mando um beijo a todos e peço desculpas pelo susto”, afirmou.
As imagens dele deixando o camarote de onde viu a partida fizeram com que aparecessem rumores de que havia sido hospitalizado. Um áudio foi distribuído pelo Whatsapp em que um suposto amigo de Diego dizia que ele havia morrido. Maradona oferece uma recompensa de US$ 100 mil (R$ 385 mil) para quem der informações que levem ao dono da voz.
Polêmicas
Maradona está na Rússia por motivos esportivos, econômicos e políticos. E bem ao seu estilo, causa polêmica nos três. Em Moscou, assim como na vida, vive desta forma. No mesmo jogo contra a Nigéria, fez gestos ofensivos para torcedores que estavam em uma andar abaixo do dele no estádio após Marcos Rojo fazer o gol da vitória argentina a quatro minutos do fim. Já havia dançado com uma mulher no camarote. Contra a Croácia, tinha fumado charuto, o que é proibido pelas normas da Copa. Depois se desculpou.
Funcionários da Fifa disseram que o comportamento de Maradona nos estádios não tem agradado, mas nada será feito a não ser que algum episódio realmente grave ocorra. A justificativa é que ele não vê os jogos no camarote da entidade ou da organização do torneio.