Argeplan utilizou ‘empresas de fachada’
No relatório, a PF também sustenta que a Eliland do Brasil e outras “empresas de fachada” foram usadas por mais de 15 anos como “braço oculto” da Argeplan para o recebimento de propinas do setor portuário. Segundo a PF, a Eliland era usada para escoar parte dos recursos obtidos pelo grupo de Temer em serviços concedidos pelo poder público. Para Lopes, há suspeitas de que a Eliland “foi criada justamente para constar ostensivamente nos contratos com tais empresas, acobertando-se o vínculo da Argeplan e seus sócios com o setor portuário”.
Procurado, o Palácio do Planalto afirmou que “os seguidos pedidos de prorrogação do inquérito evidenciam que não há nenhum fato contra o presidente que sustente qualquer denúncia”.
Em nota, o advogado de Lima, Cristiano Benzota, afirmou que seu cliente “refuta veementemente todas as acusações e afirma que não cometeu ou participou de qualquer fato ilícito”.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Maristela Temer.
A Rodrimar afirmou que “não foi beneficiada pelo decreto dos portos e que nunca atuou para receber privilégio do poder público, sendo que a própria Polícia Federal, afirmou que o decreto federal beneficiou outra empresa”. Representantes da JP Tecnolimp não foram localizados.