Consulta ao VAR leva apenas 38s, diz Fifa
Moscou O uso do VAR (árbitro de vídeo) não tem, segundo a Fifa, causado impacto relevante na fluência dos jogos da Copa do Mundo. Segundo dados divulgados pela entidade, ao fim das 48 partidas da fase de grupos, apenas 38 segundos em média por jogo foram perdidos para verificação de lances com o auxílio da tecnologia.
Isso representa apenas 1,5% dos 39 minutos e 50 segundos em que a bola não está rolando. Em média, uma revisão total do VAR dura 1 minuto e 20 segundos, mas muitas vezes a bola segue rolando até a decisão de ir ao monitor ser tomada.
Ainda de acordo com a Fifa, as partidas do Mundial da Rússia têm durado 96 minutos e 35 segundos, com um aumento no tempo de acréscimo em relação à Copa disputada no Brasil, em 2014, que teve média de 5 minutos e 19 segundos além dos 90, incluída aí a pausa para hidratação dos atletas.
A maior paralisação tem se dado por causa de faltas: uma média de 8 minutos e 16 segundos por partida.
No Mundial na Rússia, houve na fase de grupos um total de 1.294 faltas, número inferior ao da Copa de 2014. No Brasil, as primeiras 48 partidas produziram um total de 1.380 faltas.
“A grande questão é sobre quanto o VAR iria interferir no jogo, e temos visto que não quebrou o ritmo de jogo com muitas intervenções. Tem seguido o fluxo normalmente. O tempo perdido não é grande”, afirmou o ex-árbitro e atual presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa, o italiano Pierluigi Collina, 58.
A entidade também se diz satisfeita com o uso da tecnologia e afirmou que até o momento 335 lances e incidentes durante os jogos foram revisados na central localizada em Moscou. Nisso estão inclusos todos os 122 gols já anotados na Copa.
Segundo a Fifa, o índice de acerto na decisão com o uso do VAR é de 99,3%. Sem a utilização do vídeo, o índice de acerto é de 95%. Essa avaliação é feita pela Comissão de Arbitragem. “Não há como alcançar a perfeição. Mas 99,3% correto fica muito perto disso”, afirmou Collina.
“Até o momento, estamos muito felizes com a atuação dos árbitros”, disse o ex-juiz suíço Massimo Busacca, 49, diretor da comissão.