Carro de luxo atropela e mata mulher e dois filhos
Motorista foi preso e vai responder por homicídio culposo. Segundo a polícia, ele não estava bêbado
Mãe e dois filhos morreram na noite de anteontem após serem atropelados por um carro de luxo, na altura do número 1.000 da avenida Carlos Caldeira Filho, perto do terminal Capelinha (zona sul). Outro filho da mulher, um garoto de 9 anos, segue internado em condições estáveis de saúde no Hospital das Clínicas (centro).
Segundo registrado pela polícia, por volta das 19h Cristiana Aparecida Solange Coelho, 43 anos, atravessava a avenida, usando a faixa de pedestres, com os três filhos.
Neste momento, o BMW preto avançou em alta velocidade contra a família. O motorista, um comerciante de 33 anos, tentou fugir do local, mas foi impedido por testemunhas. Ele não apresentava sinais de embriaguez, informou a polícia.
No local do atropelamento, o asfalto ficou com marcas de pneu, por conta da freada realizada em alta velocidade.
Cristina e a filha Camila Poliana Silva, 9 anos, morreram no local. O irmão gêmeo de Camila e o bebê João Victor Silva, de um ano e cinco meses, foram socorridos e encaminhadas ao Hospital do Campo Limpo, onde o bebê não resistiu e morreu.
O garoto sobrevivente foi transferido, na madrugada de ontem, ao Hospital das Clínicas, informou a Secretaria Municipal de Saúde.
A reportagem apurou que, com a força do impacto, o pequeno João foi arremessado para perto dos trilhos da linha 5-lilás do metrô.
O motorista foi preso em flagrante por triplo homicídio culposo (sem intenção) e por lesão corporal culposa.
Foi encaminhado a uma audiência de custódia, na tarde de ontem. Segundo o Tribunal de Justiça, sua prisão em flagrante foi convertida para preventiva.
A BMW do comerciante está com irregularidades administrativas e restrição por bloqueio judicial, segundo a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados de SP).
Morador da região, o borracheiro Pedro Lima, 30 anos, afirmou que a avenida onde ocorreu o atropelamento é usada, nas madrugadas, para a realização de rachas. “Achei estranho terem atropelado a família no início da noite. O povo que corre faz isso, geralmente, de madrugada”, disse.