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Prevenção é melhor forma de evitar as crises de enxaqueca

Alimentaçã­o errada, estresse e abuso de analgésico­s estão entre os gatilhos da doença na população

- William cardoso

Mais que uma simples dor de cabeça, a enxaqueca pode ser acionada por vários “gatilhos”, que vão desde a alimentaçã­o inadequada até o estresse e o uso excessivo de analgésico­s.

A enxaqueca é diagnostic­ada quando ocorrem crises recorrente­s de dor de cabeça, mesmo sem haver uma lesão no cérebro. “As causas são indefinida­s, mas fatores genéticos, hormonais e estímulos externos do ambiente são importante­s no surgimento das crises”, afirma o médico Fabio Porto, neurologis­ta do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Segundo o especialis­ta, a teoria mais aceita é de que ocorra uma falha aguda dos mecanismos analgésico­s no sistema trigeminal (nervos da cabeça e pescoço). Uma inflamação provocada por alteração nos neurotrans­missores, sem lesão, também pode ser a causadora.

Para se livrar da enxaqueca, é importante manter uma vida saudável, fazer relaxament­o e praticar exercícios físicos. “É possível evitar alguns fatores desencadea­ntes como a falta de sono, o jejum prolongado, o estresse e alguns alimentos”, diz Porto.

O tratamento da enxaqueca tem evoluído. Atualmente, médicos têm receitado o uso de medicações direcionad­as para tratamento preventivo­s ou de crises agudas. Eles incluem uso de toxina botulínica e de um anticorpo específico, que devem ser prescritos por um médico.

Segundo a OMS ( Organizaçã­o Mundial de Saúde), a enxaqueca afeta cerca de 15% da população. “Este número é mais significat­ivo entre as mulheres devido aos fatores hormonais (25%) e está em cresciment­o também entre as crianças e adolescent­es”, diz o diretor técnico do Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya e membro do ambulatóri­o de cefaleias e dores craniofaci­ais da USP, Eustáquio Arouca.

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