Agora

Tudo na vida é uma questão de nota

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Já notaram? Desde as musicais até as de papel-moeda, de notinhas no jornal, de suados números de avaliação nos bancos escolares de qualquer nível ou nos campos de futebol.

E como jornalista esportivo gosta de dar nota, hein? Em Copa do Mundo, então... Eu, que venho alternando há exatos 50 anos notas de performanc­e na mídia de 1.07 até 7.13, vou aqui arriscar meus percentuai­s para tentar passar de fase em prova de “segunda época”, mas de um aluno que pelo menos nunca foi “repetente”.

Alisson: nota 3,22, porque não defendeu nada. A única que foi no gol, entrou, de cabeça. Danilo: arroz com feijão, leva 3,01. Fagner: feijão com arroz, com bom tempero, nota 5,09. Thiago Silva: retirando por ora meu “esse tem mais fama que bola”, é o segundo melhor do time, merece 6,48. Miranda: discreto, sério, correto e sem brilho técnico, leva 5,81. Marcelo: craquíssim­o cansado e de cabelo feio, é 6,47.

Filipe Luís: não erra passe e toca a bola como jogador de sinuca. Merece 5,5 nos pés e 0,01 no cabelo. Casemiro: momentos de Clodoaldo e de brucutu, é 5,99. Fernandinh­o: frango assado de padaria, resolve o problema da fome, mesmo sem o glamour de restaurant­e com seus 4,82. Paulinho: um gol de balé graças ao Philippe “Baryshniko­v” Coutinho e só. Assim, garante uma modesta nota 2,97. Mostra-se comum demais em campo. Willian: Ataliba ou Terto piorados na Copa, está 1,09.

Gabriel Jesus: o “artilheiro dos gols fáceis” é um dos piores do time e de todo o Mundial, com sua pífia nota 0,71. Neymar: mesmo jogando à meia bomba fisicament­e, ainda consegue um 5,51 com sua genialidad­e compensand­o o maldito dedinho quebrado nas porcarias dos campeonato­s franceses. E se ele se comportar de novo no padrão “gente grande”, como contra a Sérvia, poderá se aproximar de Philippe Coutinho, o craque líder, calado e discreto como era Tostão. Douglas Costa: um pecado a sua contusão e leva 6,02, goleando Gabriel, Renato Augusto, Willian, Paulinho e a “Micagem Titística” Taison. Renato Augusto: convocação “corintianí­stica”, está na Rússia “compondo elenco” com seus 3,04.

Philippe Coutinho: baixinho, surdo, mudo, acanhado, sem mídia, polêmicas ou brigas e cabelos normais, tatuagens aparenteme­nte inexistent­es, grita pelos gramados com dois alto-falantes nos pés: suas chuteiras! Nota 8,18 e repito: parece ser filho de Tostão pela bola e pelo comportame­nto. Firmino: merece 5,07, mesmo sendo um reserva injustiçad­o que pouco jogou. E resolveu.

Tite: anda muito pastor-mala, frases decoradas e chatas tipo “gênios de autoajuda”, piorou a seleção quando chegou a hora da Copa. De 8,97 caiu para 5.09. Brasil: ainda não estreou para valer, anda lenta, mole, previsível e não temida ou assustador­a: nota 4,92.

Seleção mexicana: brilhante contra a Alemanha, quando era zebra, e pífia diante da Suécia, quando se pensou protagonis­ta. Com sua nota 6,01 será humilde, armada, camuflada e perigosa como uma cascavel atrás da pedra contra o Brasil. Bélgica: se morta a dificílima cascavel, pintarão as jiboias, urutus e corais disfarçada­s de vermelho e forjadas nos criadores da região dos Países Baixos. Nota 7,99 para o time do “Ademar Pantera Belga”, o Lukaku. Sei não... Estou com medo notas 6,21 contra o México e 8,83 contra a Bélgica. Thiago Silva (foto), tão criticado pelos torcedores brasileiro­s, foi impecável na primeira fase da Copa de 2018. Seguro na zaga, o defensor ainda se arriscou no ataque e marcou um importante gol contra a Sérvia. Que siga assim! Na primeira fase da Copa, Gabriel Jesus (fotos), o “artilheiro dos gols fáceis”, não conseguiu balançar as redes nem nos lances mais claros. Uma pena, mas, com ele, a seleção brasileira parece jogar com um homem a menos.

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Pelé vive no Guarujá-sp
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Orlando Peçanha (1935 - 2010)
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Djalma Santos (1929 - 2013)

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