Agora

Programa de recompensa­s paga só três casos em 16 anos

O maior pagamento feito até hoje foi de R$ 50 mil, pela informação sobre crime contra uma PM

- Alfredo henrique

Em 16 anos de existência, a Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo pagou recompensa­s por informaçõe­s que levaram a resolução de crimes em apenas três casos. Dois pagamentos foram feitos em 2017 e outro neste ano, em um total de R$ 80 mil.

O Programa Estadual de Recompensa foi criado em 2002 na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Atualmente, a secretaria oferece recompensa­s entre R$ 2.500 e R$ 50 mil por informaçõe­s que ajudem a resolver nove crimes, incluindo o assassinat­o da estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos. Ela foi encontrada morta, no dia 16, em Araçarigua­ma (53 km de SP). Ao todo, as recompensa­s somam R$ 205 mil.

Nos três casos solucionad­os, a maior recompensa foi de R$ 50 mil. Ela foi paga em fevereiro do ano passado à pessoa que ajudou a identifica­r o acusado de tentar matar a PM Adriana da Silva Andrade. Ela foi baleada na cabeça com um tiro de fuzil, em agosto de 2015, após se deparar com bandidos que explodiram um caixa eletrônico no Ceagesp, na Vila Leopoldina (zona oeste). Ela sobreviveu ao ferimento. O suspeito foi preso em 1º de setembro de 2015.

No segundo caso, foram pagos R$ 25 mil a quem ajudou a prender, em dezembro de 2016, os dois acusados de matar o camelô Luiz Carlos Ruas, 54 anos. A vítima foi espancada até a morte, na estação Pedro 2º da linha 3vermelha do metrô, por defender um travesti vítima de homofobia, na noite do Natal de 2016.

O pagamento mais recente, de R$ 5.000, ocorreu no mês passado. Foi a recompensa à pessoa que ajudou a prender o suspeito de estuprar e matar Carla Roberta Barbosa, 9 anos, em janeiro de 2017, em Santos (72 km de SP).

Regra

O decreto que criou o programa estabelece que cabe ao secretário da Segurança Pública indicar, “mediante resolução específica”, os casos em que devem ser oferecidas recompensa­s e os valores a serem pagos.

Os recursos vêm do Fisp (Fundo de Incentivo à Segurança Pública), sob controle da secretaria. Não é sempre que o valor integral é pago —a quantia é definida de acordo com a relevância que a informação teve para a solução do caso.

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