Flutuação de título público afeta o resgate antecipado
“O valor do que investi no Tesouro Direto parece que caiu muito. O que fazer?”, pergunta o leitor W.D.
O leitor investiu num título do Tesouro IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e não menciona o prazo. A perda de valor ocorre neste momento porque os títulos públicos são, como se diz, marcados a mercado, conforme a cotação atual. Mas, como esse valor varia e o que conta nesse tipo título é o pagamento no prazo, se o investidor carregar esse papel até a data final, ele conseguirá a rentabilidade esperada, definida pelo Tesouro Direto, no momento da compra.
O Tesouro Direto é um investimento em títulos públicos, que é feito pela internet, mas o investidor tem de estar ligado a uma corretora. Costuma ter taxas mais acessíveis que os fundos de investimentos de bancos.
Ao longo desse percurso, não se deve ficar preocupado com a flutuação, a menos que o investidor precise sacar antes do prazo. Aí sim, se fosse resgatar agora, isso seria um problema. O ideal é esperar a recuperação de parte do valor, pelo menos.
Se puder manter o dinheiro lá até o final, você receberá o que aplicou, mais os juros por esse tempo de investimento, além da correção pelo IPCA (índice de inflação) do período.
Esses títulos subiram muito até dois meses e agora passam por um reequilíbrio, nessa fase de incertezas do país.
A sugestão é tentar não sofrer com a variação no dia a dia ou vender esse título e trocar pelo Tesouro Selic. Esse é um papel atrelado à taxa de juros básica e que tem menos flutuação. Ainda assim, talvez valha esperar um pouco para fazer essa troca.
Em momentos de muita volatilidade (sobe e desce), o melhor que o investidor tem a fazer é ficar parado e esperar as coisas se acalmarem.