Agora

Flutuação de título público afeta o resgate antecipado

- Maria Cristina Frias

“O valor do que investi no Tesouro Direto parece que caiu muito. O que fazer?”, pergunta o leitor W.D.

O leitor investiu num título do Tesouro IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e não menciona o prazo. A perda de valor ocorre neste momento porque os títulos públicos são, como se diz, marcados a mercado, conforme a cotação atual. Mas, como esse valor varia e o que conta nesse tipo título é o pagamento no prazo, se o investidor carregar esse papel até a data final, ele conseguirá a rentabilid­ade esperada, definida pelo Tesouro Direto, no momento da compra.

O Tesouro Direto é um investimen­to em títulos públicos, que é feito pela internet, mas o investidor tem de estar ligado a uma corretora. Costuma ter taxas mais acessíveis que os fundos de investimen­tos de bancos.

Ao longo desse percurso, não se deve ficar preocupado com a flutuação, a menos que o investidor precise sacar antes do prazo. Aí sim, se fosse resgatar agora, isso seria um problema. O ideal é esperar a recuperaçã­o de parte do valor, pelo menos.

Se puder manter o dinheiro lá até o final, você receberá o que aplicou, mais os juros por esse tempo de investimen­to, além da correção pelo IPCA (índice de inflação) do período.

Esses títulos subiram muito até dois meses e agora passam por um reequilíbr­io, nessa fase de incertezas do país.

A sugestão é tentar não sofrer com a variação no dia a dia ou vender esse título e trocar pelo Tesouro Selic. Esse é um papel atrelado à taxa de juros básica e que tem menos flutuação. Ainda assim, talvez valha esperar um pouco para fazer essa troca.

Em momentos de muita volatilida­de (sobe e desce), o melhor que o investidor tem a fazer é ficar parado e esperar as coisas se acalmarem.

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