Agora

Neymar chega ao ponto ideal

Análise das atuações do camisa 10 nas eliminatór­ias e na Rússia mostram que ele segue o mesmo

- (FSP)

Paira entre torcedores e comentaris­tas a pergunta se Neymar está jogando bem nesta Copa. Análise das estatístic­as do atacante mostra que o desempenho dele no Mundial é praticamen­te o mesmo do apresentad­o nas últimas eliminatór­ias.

No torneio preparatór­io, a seleção brilhou e terminou em primeiro lugar, liderada pelo atacante, gabaritand­ose como uma das favoritas ao título na Rússia.

A reportagem avaliou o jogador do PSG em sete indicadore­s, nas oito partidas nas eliminatór­ias em que ele enfrentou equipes que foram para a Copa (Argentina, Peru, Uruguai e Colômbia, em dois jogos contra cada um).

Nestas partidas, Neymar deu em média 1,5 passe importante por jogo (para a uma conclusão ao gol feita por companheir­o). Nas quatro primeiras partidas do Mundial, ele deu o dobro (3,3).

Há quem diga que o atacante pode até estar jogando bem, mas falta fazer gols —só marcou um, no fim, contra a Costa Rica, o que dá a média de 0,3 por jogo. Nas oito partidas das eliminatór­ias, a média dele foi 0,4.

Bobeira

O indicador em que Neymar está claramente pior é o de número de bolas perdidas por jogo. A média era de três, agora está em seis.

Mesmo nesse quesito, as coisas estão melhorando para o atacante. Durante a Copa, a última partida (contra a Sérvia) foi a em que ele menos perdeu a bola (três vezes), patamar que o colocaria na média das eliminatór­ias.

E foi também contra a Sérvia que ele conseguiu o maior número de dribles (14). Ou seja, ele arriscou mais e perdeu menos bolas.

Além disso, ele conseguiu nesse confronto sua primeira assistênci­a no torneio (passe que resulta em gol, no escanteio que o zagueiro Thiago Silva converteu).

Seus companheir­os e o técnico Tite têm destacado em entrevista­s o que chamam de esforço feito pelo jogador para estar na Copa e como ele tem evoluído.

Em fevereiro, o camisa 10 sofreu fratura no dedo do pé direito. Passou por cirurgia e voltou a disputar uma partida oficial apenas na estreia da seleção na Copa, no empate com a Suíça.

A previsão da equipe médica da seleção antes do torneio era a de que o atacante atingisse o auge de sua forma física apenas a partir das oitavas de final —justamente a etapa que a seleção está agora, em que enfrenta o México, no confronto de hoje.

“Sabemos o preço que ele pagou para retomar esse nível”, afirmou o técnico Tite, na véspera do jogo.

“Jogou muito contra a Sérvia. Jogou demais. Ele retomou seu nível máximo, com técnica, função tática, baixou para ajudar marcação, transição com bolas, precisão de finalizaçã­o e finta pessoal. Amanhã [hoje] não sei, mas ele retomou o alto nível.”

Do lado mexicano, vêm elogios ao atacante brasileiro, mas também críticas ao que chamam de simulações.

O meio-campista Guardado, por exemplo, pediu que a arbitragem fique atenta a possíveis simulações.

Contra a Costa Rica, o juiz holandês Bjorn Kuipers chegou a marcar um pênalti em Neymar, em jogada com o defensor González. A decisão foi revista após o juiz consultar o VAR (árbitro de vídeo).

Outro ponto crítico para o brasileiro é que ele já recebeu cartão amarelo. Um segundo vai tirá-lo de uma eventual quartas de final.

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