Vitória foi morta por engano por causa de dívida de drogas
Homem disse que devia R$ 7.000 a um dos suspeitos presos pelo crime. Irmã dele se parece com a vítima
A Polícia Civil de São Paulo afirmou na tarde de ontem que esclareceu o assassinato da estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, 12 anos. O crime ocorreu no mês passado, na cidade de Araçariguama (53 km de SP). Segundo as investigações, ela foi morta por engano, por conta de uma dívida relacionada ao tráfico de drogas.
De acordo com a polícia, um homem que está preso no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (99 km de SP) prestou depoimento ontem e afirmou que devia R$ 7.000 em drogas ao servente de pedreiro Bruno Marcel de Oliveira, 33 anos, preso desde a semana passada sob a suspeita de participação no assassinato.
A dívida seria o motivo de Oliveira e a namorada dele, a faxineira Mayara Borges de Abrantes, 24 anos, e o também servente de pedreiro Julio Cesar Ergesse a cometer o crime. Os dois também estão presos pelo crime.
A testemunha afirmou, ainda, que tem uma irmã que estudava na mesma escola de Vitória Gabrielly e que sabia que o traficante para quem devia costuma punir integrantes da família dos devedores do tráfico.
Vitória desapareceu no dia 8 de junho, quando andava de patins no ginásio de esporte da cidade, algo que a polícia de Araçariguama diz ser comum entre os jovens da cidade. A menina foi encontrada morta oito dias depois em um matagal, às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.
Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins que ela usava foram encontrados perto do corpo. Ela foi morta estrangulada.
Jairo Coneglian, advogado de Oliveira e Mayara, contesta a prisão de seus clientes e diz que vai apresentar hoje duas testemunhas que estiveram com o casal no dia 8, o que provaria que eles não participaram do crime.