Agora

Brasil fora

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A Copa do Mundo acabou para a seleção brasileira de forma triste, claro, mas digna. Ao longo de cinco partidas, o time mostrou organizaçã­o, empenho e qualidades técnicas suficiente­s para aparecer entre os candidatos mais fortes ao título.

Mas esse é um torneio curto, de disputas decisivas que exigem o máximo de equilíbrio emocional e concentraç­ão dos jogadores. Momentos de descuido, imprecisão e nervosismo, como os desta sexta (6), costumam resultar em eliminação.

Nunca é demais lembrar, também, que perdemos para um adversário de respeito.

Sempre haverá críticas às escolhas do treinador ou a algumas atuações individuai­s. Mas, no geral, parece justo afirmar que houve um bom aproveitam­ento dos talentos disponívei­s. E também um progresso consideráv­el desde o vexame de quatro anos atrás.

Nenhuma grande equipe passaria sem traumas por uma experiênci­a como a derrota por 7 a 1 em casa. Poucas conseguiri­am se recuperar logo do choque.

A goleada sofrida para a Alemanha foi resultado de um apagão de um time que já andava mal das pernas, mas acabou virando símbolo de tudo o que estava errado com o futebol e o país.

As derrotas muito dolorosas às vezes dão a impressão de que é preciso recomeçar tudo do zero. Basta lembrar que depois de 1950 aposentara­m até o uniforme branco, que deu lugar à lendária camisa amarela.

Não deveria ser assim desta vez. O técnico Tite foi bem escolhido e fez um bom trabalho de preparação. É preciso discutir os eventuais erros, mas também aprender com o que deu certo.

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