Médicos do estado relatam equipes reduzidas e lotação
Levantamento de sindicato aponta falhas no Emílio Ribas e nos hospitais Vila Penteado e Mandaqui
Três hospitais estaduais da capital estão estão com equipes de médicos e enfermeiros reduzidas, leitos fechados e com prontos-socorros lotados, além de pacientes sendo tratados nos corredores, entre outros problemas. É o que indica levantamento do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) com base em relato dos profissionais dessas unidades.
Dois hospitais estão localizados na zona norte da capital, o Mandaqui e o Vila Penteado. O terceiro é o Emílio Ribas, situado no Pacaembu (zona oeste de São Paulo).
No Mandaqui, a entidade dos médicos aponta falta crônica de profissionais clínicos, superlotação no atendimento do pronto-socorro, pacientes em macas em corredores, leitos fechados e residência médica prejudicada.
Já o Hospital Regional da Vila Penteado, segundo o sindicato, passou por um processo de terceirização e os médicos estatutários foram transferidos para outros locais. Além disso, a unidade deixou de ser referência em pediatria e tratamento de queimados, de acordo com o levantamento do sindicato.
No Emílio Ribas, o Simesp descreve que mais da metade dos leitos foi fechada por causa de uma reforma que começou em 2013. De acordo com o relato dos médicos à entidade, existe alto déficit de profissionais de enfermagem e equipes médicas incompletas. Outra queixa dos profissionais da unidade é a sobrecarga no atendimento.
“Esse cenário é por causa do sucateamento que está Apontados pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo Conjunto Hospitalar do Mandaqui Falta de médicos clínicos Superlotação no atendimento do pronto-socorro Pacientes em macas nos corredores Residência médica prejudicada Instituto de Infectologia Emílio Ribas Mais da metade dos leitos estão fechados por causa de reforma iniciada em 2013 Falta de profissionais de enfermagem Equipes médicas incompletas e sobrecarga no atendimento Hospital Geral Vila Penteado
Foi terceirizado, e médicos estatutários estão sendo transferidos para outros hospitais Deixou de ser referência em pediatria e no atendimento de queimados havendo na gestão. Cada vez mais há corte de recursos, resultando principalmente em falta de equipes médicas e insumos”, diz o presidente do Simesp, Eder Gatti.
A entidade também critica a falta de concursos públicos para investir em profissionais que criem vínculos no trabalho, evitando assim o excesso de terceirização. “Já está havendo a chamada quarteirização. O governo investe em contratos de emergência, com salários baixos e condições precárias de trabalho.”