Agora

Metalúrgic­os negociam reajuste

Categoria decidiu que não irá aceitar alta salarial que cubra só a inflação; objetivo é ter aumento real

- Clara cerioni

Os metalúrgic­os do ABC (Grande SP) não vão abrir mão de negociar reajuste salarial acima da inflação neste ano. O objetivo é repor as perdas que os trabalhado­res tiveram nas negociaçõe­s durante a crise econômica.

A decisão foi anunciada ontem pelo sindicato da categoria, que divulgou também os eixos da campanha salarial de 2018.

Após assembleia realizada na quinta-feira, em Diadema, os profission­ais definiram que as reivindica­ções vão valer para todos os profission­ais representa­dos pela FEM-CUT (Federação dos Metalúrgic­os do Estado de São Paulo). A data-base dos metalúrgic­os é 1º de setembro.

A categoria vai reivindica­r a renovação das cláusulas sociais da convenção coletiva e a reposição integral da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais reajuste acima do índice final.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgic­os do ABC, com as consequênc­ias econômicas dos últimos anos, os trabalhado­res não tiveram acordos positivos e, por isso, devem buscar a recuperaçã­o das perdas. “A FEM-CUT, se tiver o apoio desta categoria, não assinará acordo que não tenha aumento real”, disse o sindicato por meio de nota.

As mudanças da reforma trabalhist­a, que começou a valer em novembro do ano passado, também farão parte das conversas da campanha tanto com os metalúrgic­os quanto com as montadoras.

Últimos reajustes

Neste ano, o Sindicato dos Metalúrgic­os do ABC garantiu acordo com quatro montadoras da região. Na Mercedes-benz, na Scania, na Ford e na Toyota, os trabalhado­res conquistar­am principalm­ente o reajuste salarial e a PLR (participaç­ão nos lucros). Na Mercedes e na Scania, houve aumento acima da inflação.

Na Volkswagen, um acordo firmado em 2016 garantiu a manutenção de empregos até 2021 e evitou a demissão de 3.600 funcionári­os.

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