Só sai se quiserb3
Tite evita falar sobre sua permanência na seleção brasileira e não vê culpados após a eliminação na Copa
Kazan Frustrada com a eliminação considerada precoce do Brasil na Copa do Mundo, a CBF se calou sobre o jogo e também sobre o futuro.
A tendência, no entanto, é que a direção da confederação faça um convite para Tite e sua comissão técnica permanecerem no cargo.
O treinador também não quis falar sobre esse assunto.
“Não falo absolutamente nada a respeito de futuro. É um momento de emoção”, limitou-se a dizer Tite, que estava com os olhos marejados durante a entrevista.
Apesar do fracasso na Rússia, ele teve atuação decisiva para espantar a maior crise da história da CBF, envolta em escândalos de corrupção.
Os dois últimos presidentes, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, tiveram problemas com a Justiça, acusados de corrupção. Marin foi condenado, Del Nero, banido. Comandando a melhor campanha pré-mundial da história do time desde 1970, o treinador gaúcho colaborou para afastar o assunto político da pauta e resgatar a atenção dos torcedores pela camisa verde e amarela.
A CBF fez um convite a Tite antes de a seleção viajar para a Copa. Rogério Caboclo reuniu o gaúcho e a comissão técnica para dizer que queria a continuação, independentemente dos resultados. A resposta foi de que não era hora de falar do assunto.
O atual presidente da CBF, Coronel Nunes, se recusou a falar depois da eliminação.
Figura decorativa no comando da confederação, ele praticamente não apareceu durante os 25 dias na Rússia, mas entrou em polêmicas o suficiente. O cartola saiu do estádio por volta de uma hora depois de o jogo terminar em Kazan. “Não vou falar disso agora”, afirmou, irritado, o mandatário da CBF.
Rogério Caboclo, que assumirá a presidência da CBF a partir do ano que vem, não passou na saída e não atendeu ligações. Tite, que assumiu em 2016, tinha contrato só até a Copa.