Treinador repete Dunga
Kazan Unanimidade desde que chegou à CBF, Tite mudou a seleção, ganhou como nunca e fracassou como Dunga —seu antecessor. Na Copa da Rússia, ele repetiu o treinador de 2010 e viu o time ser eliminado nas quartas de final da competição.
Tite teve duas derrotas em 26 jogos que comandou, nos 746 dias à frente da equipe.
A segunda foi ontem para a Bélgica e adiou o sonho do sexto título do país. Com a eliminação nas quartas, Tite se igualou a Dunga (2010), seu antecessor, e Telê Santana (1986), um de seus “professores” no futebol.
A campanha do Brasil na Rússia teve três vitórias, um empate e uma derrota.
Além da missão do hexa, o técnico tinha ainda outra pressão, de tentar apagar um pouco o vexame de 2014, da inesquecível derrota para a Alemanha, por 7 a 1. Se não ganhou o título, também sai longe de passar vergonha.
Ele também evitou achar culpados pela eliminação.
A seleção sofreu dois gols no primeiro tempo em falhas individuais de Fernandinho. No primeiro, ele fez contra após cruzamento na área. No segundo, perdeu a bola para Lukaku no meio em lance que originou o contra-ataque para De Bruyne ampliar.
“Quero fazer uma análise e não vou entrar em individualidades porque é desumano. Entendo o futebol, mais do que a vida, como um contexto. Foi um grande jogo, estivemos a maior parte dominando. Na efetividade, a Bélgica conseguiu traduzir em gols”, analisou o técnico.
“A Bélgica teve competência. Quando caiu no pé, fez”, concluiu o comandante.
A eliminação frustrou 48% da população, que acreditava no título, segundo pesquisa Datafolha. Mas se não teve o sucesso que gostaria dentro de campo, Tite não reclamará do que teve fora. Ao todo, vai receber cerca de R$ 10 milhões de patrocinadores.