Principal surpresa, anfitriã Rússia sonha com a semifinal X

Croácia busca triunfo inédito sobre uma seleção da casa para tentar repetir o feito da geração de 1998

Sochi Maior surpresa da Copa até as quartas de final, na qual enfrenta a Croácia, hoje, às 15h, em Sochi, a Rússia é uma seleção estritamente caseira e com pouca ou quase nula influência do exterior em seu estilo de jogo.

Dos 23 atletas que compõem a equipe, somente dois atuam fora do país. Houve um avanço em relação ao torneio de 2014, quando todos os convocados estavam no futebol russo.

Um deles é o destaque do time e autor de três gols, o meia-atacante Denis Cherishev, do Villarreal (ESP). O outro é o terceiro goleiro Vladimir Gabulov, do Brugge (BEL).

A base é composta pelos três mais importantes e ricos clubes do país: CSKA Moscou e Zenit (cinco jogadores cada) e Spartak Moscou (três).

A falta de rodagem já foi apontada por jornalistas e ex-jogadores como um dos fatores para a dificuldade de evoluir com resultados no cenário internacional.

“O mais importante não é onde você joga, mas em que nível você joga. Nosso time está funcionando. Jogar numa liga no exterior nem sempre é tão vantajoso. Já tivemos isso em outros torneios e não vencemos. Claro que para o jogador pode ser algo extra, mas é o que temos”, disse o técnico Chertchesov.

A Croácia faz apenas a sua quinta participação em Copas do Mundo. Mas pela terceira vez terá a oportunidade de enfrentar a seleção anfitriã. Nas duas outras, saiu de campo derrotada.

O primeiro duelo com o time da casa foi em 1998. Na semifinal, enfrentou a França e acabou levando a virada por 2 a 1. Foi a melhor participação na história, encerrada com uma vitória sobre a Holanda por 2 a 1 e a conquista da terceira colocação.

A outra foi em 2014, no Brasil. Na partida de abertura do Mundial, em São Paulo, também sofreu a virada da seleção brasileira e caiu por 3 a 1. O resultado pesou na eliminação na fase de grupos.

O meia Ivan Rakitic estava em campo neste último jogo. Em 1998, era uma criança de 10 anos. “Será uma ocasião especial enfrentar os donos da casa aqui, assim como foi contra o Brasil em 2014. Temos de aproveitar cada minuto e tentar ir longe neste torneio”, disse o atleta do Barcelona.