Agora

Croatas comemoram serem reconhecid­os por brasileiro­s

Seleção da camisa xadrez enfrentou o Brasil na Copa de 2014 e hoje faz a final na Rússia

- Jéssica lima

Os croatas e descendent­es que ainda moram em São Paulo estão surpresos pela Croácia ter chegado tão longe nesta Copa do Mundo e felizes com o reconhecim­ento dos brasileiro­s. A Sociedade Croatia Sacra Paulistana, no Jabaquara (zona sul), e a Amigos da Dalmácia, na Mooca (zona leste), se organizara­m para hoje, separadame­nte, verem a final contra a França, às 12h.

“Chegar na final significa muito. Fora que o xadrez vermelho e branco parece ter ganhado a simpatia dos brasileiro­s”, disse a dentista Fátima Stanic, 54 anos, neta de croatas e da diretoria da Amigos da Dalmácia.

“Quando criança, tinha que explicar a origem de seu nome croata e ninguém sabia onde era. Agora sabem. Agora existimos”, comemorou o presidente da Sacra Paulistana, Tomislav Correiadeu­r, 42 anos. Ele conta que a Croácia ficou conhecida na abertura da Copa de 2014, em que jogou contra o Brasil.

Em São Paulo há dois grupos de croatas: os que vieram por volta de 1920, depois da Primeira Guerra Mundial, para fugir da crise Fronteiras: Eslovênia, Hungria, Sérvia, Montenegro, Bósnia e Herzegovin­a, além de uma fronteira marítima com a Itália no Adriático População: 4,2 milhões de habitantes Idioma: Croata Capital: Zagreb Moeda: Kuna econômica no país quando ainda fazia parte da antiga Iugoslávia. E outro que veio após a Segunda Guerra, em meados de 1950, para fugir do regime comunista. Só em 1991 a Croácia se tornou um país independen­te.

Hoje, segundo a psicóloga Dubravka Suto, 62 anos, membro da Comunidade Croata no Brasil, a estimativa é de que hajam 40 mil imigrantes croatas e descendent­es na capital, mas muitos ainda possuem documento austro-húngaro, sérvio ou iugoslavo.

No início, os croatas trabalhara­m na lavoura no interior, mas não se adaptaram e migraram para a capital.

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sobre a final da Copa entre as págs. C3 e C5

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Fotos Rubens Cavallari/folhapress Margarida Lena Dragoievch, Maria Eleonora Stanik, Fani Gavranich e Marlene Sardelik (esq. para a dir.), na sede da Amigos da Dalmácia, na Mooca (zona leste); grupo comemora o reconhecim­ento da Croácia

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