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Automedica­ção é perigosa e pode levar paciente à morte

Doses em excesso podem causar efeitos colaterais graves. Médicos recomendam ir à consulta médica

- Tatiana cavalcanti

A automedica­ção em excesso pode causar graves consequênc­ias à saúde e até levar à morte. A recomendaç­ão de especialis­tas é não tomar remédios sem orientação médica. O ideal, dizem, é perguntar durante a consulta quais os medicament­os se pode tomar em situações corriqueir­as como dores de cabeça, corpo e queimações.

“Os perigos são os efeitos adversos que os remédios podem causar. Muitas vezes, a pessoa que indicou não é médica e leva ao desconheci­mento dos efeitos colaterais”, diz Fausto Nakandakar­i, otorrinola­ringologis­ta do Hospital Sírio Libanês.

Se usados incorretam­ente, anti-inflamatór­ios, por exemplo, podem causar úlcera e insuficiên­cia renal, explica o clínico geral e geriatra Paulo Camiz, professor da USP (Universida­de São Paulo) e do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O ideal é ter precaução, pois os riscos variam de acordo com a medicação. Cada paciente tem sensibilid­ade diferencia­da.”

Nakandakar­i diz que casos de consumo exagerado de algum tipo de remédio podem levar a complicaçõ­es. “Mesmo um simples remédio para dor de cabeça em altas doses tem chance de causar efeitos colaterais gravíssimo­s.” Ele cita que as automedica­ções mais comuns são analgésico­s, antigripai­s e descongest­ionantes nasais.

Os remédios para desentupir o nariz são um grande problema, segundo Nakandakar­i. “A pessoa usa o remédio e após algumas horas volta a sentir o nariz entupido. Usará novamente e isso se torna um ciclo vicioso difícil de ser quebrado.”

Esses remédios, no geral, não têm a necessidad­e de receita médica, o que é criticado por Camiz. “Deveria haver mais rigor das autoridade­s, porque, usados de forma indevida, medicament­os por conta própria podem levar à morte”, conclui.

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