Atacantes tentam superar ausência de gols em finais
Último homem de frente a marcar em uma decisão de Copa foi Ronaldo, que fez dois gols em 2002
Moscou Qual é o zagueiro que fará o gol do título da Copa do Mundo? Essa pergunta tem sido mais pertinente do que questionar qual atacante marcará na final do torneio, hoje, entre França e Croácia.
A última vez que um homem de frente anotou na decisão foi em 2002.
Há 16 anos, Ronaldo fez os dois na vitória da seleção brasileira sobre a Alemanha por 2 a 0, no Japão, e decidiu o jogo para a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari.
A França tem candidatos fortes a quebrar essa marca. Griezmann, 27 anos, dividirá a responsabilidade com o jovem Mbappé, 19 anos. Cada um deles já anotou três vezes na Copa da Rússia. O ataque da seleção também tem o centroavante Giroud, 31 anos, que ainda não marcou.
Contra a Bélgica, na semifinal, o camisa número 9 teve oportunidades para encerrar esse jejum após receber passes de Mbappé, mas ele perdeu as duas chances.
A seca de gols de Giroud lembra muito o desempenho de Stéphane Guivarc’h, titular da França em 1998, quando a seleção conquistou seu primeiro e único título mundial até hoje.
“Mbappé pode decidir [o título]. Eu não me espanto mais com o que ele é capaz de fazer em campo. Estou acostumado a ver todos os dias nos treinos”, afirmou o meio-campista Paul Pogba.
A maior esperança do ataque da Croácia é Mandzukic, a versão dos Bálcãs de Giroud, mas com mais sucesso nesta Copa do Mundo.
O jogador da Juventus (ITA) já fez dois gols nesta edição. O último deles, na prorrogação da semifinal contra a Inglaterra, colocou a sua equipe na inédita decisão. Logo após marcar, ele desabou em campo, sentindo cãibras.
Há quatro anos, no Brasil, o herói foi o meia-atacante alemão Gotze, que saiu do banco de reservas para fazer o gol da vitória na prorrogação sobre a Argentina.
No Mundial da África do Sul, em 2010, o único gol da partida foi marcado pelo meia espanhol Iniesta.
As finais dos últimos dois Mundiais foram as que tiveram o menor número de gols marcados desde 1994, quando o Brasil ganhou da Itália nos pênaltis.