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“Não há nada que eu não faria de novo”, diz Gabigol

- (RC)

O atacante Gabriel Barbosa, de 21 anos, é o típico jogador que consegue despertar amor e ódio em campo. Para uns, o “personagem” Gabigol é o marrento e que deixa os zagueiros perdidos nas jogadas. Para outros, apenas Gabriel ou Gab, um garoto tranquilo, louco pela bola: respira futebol e sabe que o esporte interfere diretament­e na sua vida.

Em entrevista ao Agora ,oatacante falou sobre seus planos dentro e fora dos gramados, a paixão pelo Santos, e a passagem frustrada pela Europa.

“Acho que não há nada que eu não faria de novo. Até porque eu sou muito assim, faço as coisas muito com o coração”, resumiu o camisa 10. Agora Pensa em voltar logo para a Europa? Fez algo que não repetiria? Gabigol Claro, penso em voltar, sim. Meu contrato com o Santos acaba logo, logo, e eu tenho a esperança de voltar e tenho muita vontade de jogar na Europa. Acho que não há nada que eu não faria de novo. Até porque eu sou muito assim, faço as coisas muito com o coração. Claro que erro e acerto, mas prefiro ser assim, fazer as coisas ouvindo meu coração e aprender com elas. Agora A ida para a Europa logo após a Olimpíada no Rio pode ter te prejudicad­o? Gabigol Acho que não. Foi o momento que eu senti no meu coração, então, quando as coisas acontecem assim, tem Deus guiando. Eu decidi que era o momento, fui e aprendi bastante. Algumas coisas não deram tão certo como eu esperava, mas creio que não tenha sido por esse motivo. Agora Quem pediu sua contrataçã­o na Inter? Gabigol Foi o treinador [Roberto Mancini era o técnico na época], mas assim que eu cheguei acabaram trocando o treinador. Cada um tem uma opinião e um gosto diferente. Cada time pode jogar de uma maneira, ofensiva ou defensiva, e aí acaba sendo uma escolha do técnico. Eu sempre dei o meu melhor, sempre me dediquei, e se as oportunida­des não vieram foi por uma escolha deles, mas eu sempre estive pronto. Agora O que aconteceu para você deixar o banco de reservas da Inter durante um jogo? Gabigol A minha vida é muito voltada ao futebol. Então, quando as coisas não andam da maneira que a gente quer, a gente fica triste e um pouco bravo. Acabei explodindo, mas depois pedi desculpas para os meus companheir­os, porque eu deveria ter tido respeito por eles, que tinha gente que tinha entrado [no jogo], tinha treinado para aquilo, assim como eu. Creio que se eu tivesse entrado eles não teriam feito o que eu fiz. Pedi desculpas e eles aceitaram numa boa, assim como o treinador. E ficou tudo bem.

Agora Você investe em algo fora do futebol? Gabigol Ainda não, mas tenho interesse. Tenho vontade de investir em algo relacionad­o ao futebol. Gosto muito do trabalho de um amigo, acho muito divertido e brinco que vou trabalhar com ele em gestão de imagens. Gosto bastante, então, pode ser que mais para frente isso aconteça.

Agora O que ainda esperar do time no Brasileirã­o? Gabigol O Brasileiro são várias etapas e jogos, times fortes, é complicado a gente citar um jogo como o mais importante. Claro que num clássico, em casa, precisamos ganhar. Mas não é o mais importante. Precisamos ganhar e mostrar que temos potencial para estar na parte de cima da tabela.

Agora E o que esperar nas outras competiçõe­s? Gabigol Pode ser que no Brasileiro a gente não esteja tão bem, mas na Libertador­es nos classifica­mos em primeiro. Na Copa do Brasil temos a vantagem de jogar em casa. Então acho que podemos ter um ano maravilhos­o. No Brasileiro a gente sentiu um pouco de dificuldad­e, perdemos jogos, tivemos um pouquinho de crise. Mas creio que agora vamos acertar as coisas.

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