Ocupação deixa moradores sem água
Moradores da rua Esgueira, no Jardim Ângela (zona sul de São Paulo), reclamam que estão há aproximadamente um mês com falta d’água. Nas raras vezes em que aparece, é com baixa vazão, necessitando de bombas caseiras para poder encher um pouco a caixa d’água.
Os moradores suspeitavam que a falta de abastecimento estaria relacionada a pessoas que invadiram um terreno localizado próximo, havendo desvio de água. As suspeitas foram confirmadas ontem pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) (leia mais ao lado), após a empresa ser questionada pelo Agora.
A agente comunitária de saúde Rosemare Pereira de Almeida, 42 anos, já perdeu a conta das inúmeras reclamações que fez no setor de atendimento da companhia.
“Sempre dizem que técnicos virão para resolver a situação, mas estamos assim há pelo menos um mês. Não aguentamos mais. Quando chega um pouco de água mantemos a bomba a todo vapor para ter um pouco na caixa d’água”, afirmou a agente de saúde.
A dona de casa Luísa do Carmo, 58 anos, mora na rua com o marido, um filho e um neto de quatro anos.
“É um perrengue todos os dias. Não podemos tomar banho direito e a louça suja fica acumulada na cozinha. A Sabesp precisa resolver logo esse problema. Nós pagamos todas as contas em dia”, indignou-se Luísa.
“Tenho criança pequena em casa, meu netinho, e não consigo dar banho direito nele. É uma vergonha”, afirmou a dona de casa.
“Já fui obrigado a comprar água por conta própria porque não aguentava mais. Se tem realmente esse problema com os invasores do terreno, a Sabesp precisa resolver logo”, contou Marcelo Silva, 43 anos, morador da rua.