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PSOL lança hoje Boulos e quer formar líder

- (FSP)

Ao lançar oficialmen­te em São Paulo sua candidatur­a presidenci­al hoje, o PSOL almeja, mais que chegar ao Planalto, alcançar uma posição de liderança no campo da esquerda brasileira.

Uma vitória de Guilherme Boulos, o candidato do partido, hoje parece mais que improvável. Na última pesquisa Datafolha, divulgada em junho, ele oscilava entre 0% e 1% das intenções de voto. Coligado até o momento apenas com o PCB, disporá de cerca de 13 segundos na propaganda eleitoral.

Partido e candidato, porém, vislumbram a longo prazo um cenário bem mais favorável que os números de agora deixam supor. Apostase em Boulous como um sucessor natural do ex-presidente Lula (PT), hoje preso.

Além da semelhança física com o Lula sindicalis­ta dos anos 1970, outros pontos ligam Boulos ao petista.

Os dois ganharam projeção política ao liderar grandes movimentos sociais —o expresiden­te organizou as primeiras greves do ABC durante a ditadura militar; o précandida­to do PSOL é coordenado­r nacional do MTST (Movimento dos Trabalhado­res Sem Teto)—, angariando apoio tanto das classes desfavorec­idas quanto de intelectua­is e artistas.

“Ele só tem 35 anos de idade, e, quando eu fiz a greve de 78, eu tinha 33 anos”, disse Lula antes de ser preso sobre Boulos.

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