Valiosa na história do time, sede agora dá prejuízo
Os 750 contos de réis gastos na compra foram pouco diante do valor do Parque no desenvolvimento do Corinthians. Hoje, porém, é difícil manter a sede, dissociada do futebol profissional.
O balancete de 2017 registrou deficit de R$ 35,1 milhões com o “clube social”. O número de sócios, que já ficou na casa dos 100 mil, hoje é de pouco mais de 16 mil.
Para amenizar o problema, o presidente Andrés Sanchez prometeu, em sua campanha, “decretar a independência da gestão da sede”, elegendo um superintendente. Isso não foi feito.
“Teria que mudar o estatuto”, justificou o dirigente, dizendo ter “vários projetos” para o Parque “no futuro”. Não quis adiantar nenhum.
A sala em que o cartola atua é um dos símbolos do escoamento do dinheiro da sede. Fica em um moderno prédio apelidado de “palácio de mármore”. Foi construído na gestão Alberto Dualib —da qual Andrés fez parte—, tirado do poder em 2007, após escândalos de corrupção.
Fora do palácio, não é tão bonito. Várias áreas do clube carecem de uma manutenção mais cuidadosa. E uma das antigas fontes de receita, o estacionamento montado na av. Condessa Elisabeth de Robiano, precisou ser devolvido à prefeitura em 2015.
Tão valioso no crescimento do Corinthians, o Parque São Jorge é um claro desafio na administração do clube.