Confira dez dicas para se dar bem com o consignado
O Agora listou o que o aposentado precisa avaliar para não transformar esse tipo de crédito em cilada
Desemprego e queda na renda são alguns dos motivos apontados para que os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recorreram mais a empréstimos consignados neste ano.
Segundo o Banco Central, o volume de dinheiro emprestado subiu R$ 4 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano, chegando a R$ 30,2 bilhões. Em comparação ao que foi emprestado no mesmo período de 2017, o aumento é de 16%, quando foram tomados R$ 26,06 bilhões em crédito consignado por aposentados.
Segundo a economistachefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse aumento no volume de crédito tomado é reflexo da crise econômica.
Como a prestação é descontada diretamente em folha, o crédito muitas vezes já está pré-aprovado e o aposentado consegue contratálo em uma ligação ou no caixa eletrônico. A especialista também chama atenção que a modalidade dá segurança aos bancos, já que o empréstimo é descontado diretamente em folha e o risco de inadimplência é quase nulo.
Por ser cobrado diretamente do benefício, a taxa de juros desse tipo de crédito é menor, mas isso não significa que o dinheiro do consignado é barato. Os juros podem chegar a 26,2% ao ano, acima dos 2,07% de reajuste anual que os benefícios do INSS acima do piso receberam em 2018.
Antes de assumir esse tipo de dívida, é importante avaliar os riscos e o impacto das parcelas no orçamento mensal, além de pesquisar as taxas de juros do mercado. O Agora conversou com especialistas e reuniu dicas para que o aposentado consiga usar bem o crédito. Pelas regras, o aposentado pode comprometer até 35% do benefício com consignados.