Sinal amarelo: querem expulsar a alegria do futebol
Quando nasci veio um anjo safado, o chato do querubim, e decretou que eu estava predestinado a ser errado assim... Alô, povão, agora é fé! Não é de hoje, todo torcedor sabe disso, que a função do árbitro é estragar o futebol. O juiz está para o jogo assim como o celibato está para a lua de mel, como aquela mesa repleta de folhas verdes está para o rodizião de carnes, como a fotografia conceitual artística em contraluz está para o ensaio de nu, como o concunhado beberrão está para o almoço de domingo, como, com todo o respeito às merrrrrmãs cariocas, o catchup está para a pizza...
No entanto, o que era só ruim está ficando ridículo. Não satisfeito em apenas errarem pênaltis, gols, faltas e mudarem os resultados das partidas, agora a patética juizada quer acabar também com a alegria e punir quem faz gol! A nova moda é essa: amarelo para quem comemora! E sem motivo nenhum. Primeiro foi aquela coisa ridícula e capitalista de dar cartão para quem tira a camisa porque atrapalharia o patrocinador e blá-blá-blá. Raios, o clube, o patrocinador ou o raio que o parta que reclame ou corte a grana do atleta, não o juiz. Agora é pior: na era da torcida única, visitante não pode nada, qualquer gesto é encarado como provocação. E dá-lhe amarelo...
Mas como sempre pode piorar, a onda agora atinge até os mandantes, como o alviverde Moisés, que recebeu o amarelo ao abrir o placar contra o Galo no Allianz. É mais do que o armagedon, é o apocalipse now redux coming soon!
Com os bons jogadores vendidos para todos os mercados do mundo, sobrou pouca coisa para o torcedor brasileiro. E querem ainda acabar com a alegria do gol! É o fim do mundo! Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!