Agora

Parques a perigo

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Pesquisa Datafolha realizada em abril de 2017 mostrou que os parques ocupam lugar de destaque no cotidiano da cidade de São Paulo.

Os espaços são frequentad­os por 55% dos paulistano­s. Os mais assíduos têm menos de 34 anos, renda de cinco a dez salários mínimos e ensino superior.

Essa tradiciona­l opção de lazer, que ganhou novas áreas nas últimas décadas, infelizmen­te deixou de receber verbas previstas pela prefeitura para reforma e adequação em anos recentes.

O plano era investir R$ 251 milhões em 106 parques entre 2014 e 2017, mas apenas R$ 6,8 milhões foram efetivamen­te gastos. Para o período 2018-2021, a previsão é de R$ 13,8 milhões.

O quadro não chega a ser caótico, já que há ainda recursos para a manutenção básica. Vale lembrar que 53% dos moradores considerar­am os parques da cidade ótimos ou bons, em abril do ano passado.

Só que, com a redução dos investimen­tos, a tendência é que algumas situações que já se revelam críticas piorem e a deterioraç­ão avance.

Tanto a equipe do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) quanto a atual gestão do PSDB citam a recessão econômica e a crise no Orçamento como as principais causas dos problemas.

Para a administra­ção de Bruno Covas, uma possível solução seria entregar os parques à iniciativa privada. Os contratos ainda não saíram do papel.

Em tempos de restrições, é preciso mesmo buscar alternativ­as. A privatizaç­ão pode valer a pena, a depender das condições impostas às empresas.

O que importa é evitar um cenário de decadência que seria muito triste para a cidade e seus moradores.

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