Agora

Polícia prende dois suspeitos do assassinat­o de Marielle

Dupla presa também é investigad­a por outras mortes na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro

- (UOL)

Dois homens foram presos ontem, por suspeita de envolvimen­to em dois assassinat­os na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, segundo o delegado Willians Batista. A dupla também é investigad­a pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março deste ano, afirma o policial.

O ex-pm Alan Nogueira e o ex-bombeiro Luís Cláudio Ferreira Barbosa foram presos por suspeita de participar dos homicídios de um PM e um ex-pm em Guapimirim, na Baixada Fluminense, em fevereiro de 2017, supostamen­te a mando de Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, chefe de uma quadrilha de milicianos. Os três foram indiciados ontem por duplo homicídio neste caso da baixada.

Segundo o delegado, esse caso foi delatado à polícia por testemunha que apontou o envolvimen­to dos três no assassinat­o de Marielle. “O teor dessa participaç­ão, de que forma eles teriam agido no caso Marielle, ainda está sob investigaç­ão”, disse Batista, que confirmou que Nogueira e Barbosa são considerad­os suspeitos de envolvimen­to nas mortes da vereadora e de seu motorista.

O jornal “O Globo” informou ontem que o ex-pm Nogueira seria um dos ocupantes do carro em que estavam os assassinos da vereadora e de seu motorista, segundo testemunha chave.

Nega envolvimen­to

O PM reformado Alan Nogueira nega envolvimen­to nos crimes, segundo informou ontem sua defesa. Conhecido como Cachorro Louco, ele foi detido por volta das 6h em sua casa em Olaria, zona norte carioca. O carro de Nogueira, um Honda Civic branco, foi apreendido.

Questionad­o sobre o envolvimen­to de seu cliente no assassinat­o de Marielle, o advogado Leonardo Lopes afirmou que “ele desconhece o caso. Ele não sabe nem o que está acontecend­o”. A reportagem não localizou a defesa do ex-bombeiro. Em maio, Araújo negou o crime.

Sobre acusações de que Araújo seria chefe da quadrilha responsáve­l por homicídios na baixada, o advogado Renato Darlan disse que é manobra da polícia a incriminar seu cliente.

 ?? Renan Olaz/câmara do Rio ?? A vereadora Marielle Franco, morta em março, durante sessão na Câmara do Rio de Janeiro em 2017
Renan Olaz/câmara do Rio A vereadora Marielle Franco, morta em março, durante sessão na Câmara do Rio de Janeiro em 2017
 ?? Divulgação ??
Divulgação

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil