Candidatos preveem gastar cerca de R$ 200 milhões
Oito presidenciáveis estimam que seus gastos juntos serão pouco mais de 50% do que usou Dilma
Com a proibição de receberem doações de empresas nas eleições, os candidatos à sucessão de Michel Temer estimam despesas mais modestas na disputa.
A previsão das principais campanhas é de gastarem, juntas, cerca de R$ 200 milhões. O valor, que costuma ser ajustado ao longo do processo eleitoral, é pouco mais da metade do que foi desembolsado para reeleger Dilma Rousseff (PT) em 2014.
Na eleição passada, os três primeiros colocados —Dilma, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB)— gastaram juntos em torno de R$ 800 milhões, em valores corrigidos pela inflação do período, segundo dados informados pelas candidaturas à Justiça Eleitoral.
Sem recursos de empresas, as formas de custeio permitidas neste ano são por repasses do fundo eleitoral, doações de pessoas físicas e autofinanciamento. A redução da estimativa também se deve à aprovação pelo Congresso de um teto de gastos por candidatura. Para o posto de presidente, por exemplo, foi determinado o valor máximo de R$ 70 milhões para o primeiro turno. No segundo turno, o limite passa para R$ 35 milhões.
Para este ano, a previsão do PT é gastar, no mínimo, R$ 50 milhões com a campanha presidencial. O valor é a fatia do fundo eleitoral à qual a sigla vai ter acesso.
Para tentar eleger Geraldo Alckmin, o PSDB estima um valor total de R$ 43 milhões. Em 2014, a campanha de Aécio desembolsou R$ 223,4 milhões, de acordo com informações repassadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo o tesoureiro nacional do partido, Sílvio Torres, a previsão é gastar o valor nos dois turnos, mas a projeção pode ser alterada. “Se conseguirmos arrecadar recursos, podemos direcionar também para outras candidaturas, como para governadores que irão ao segundo turno”, disse.
Já a candidatura de Marina, que na última eleição declarou ter desembolsado R$ 61 milhões, estima uma despesa mínima neste ano de R$ 15 milhões.