No ritmo do maestro
Camisa 10 assume a posição em que mais gosta de atuar e tenta comandar reação preta e branca
Pouco sobrou do Corinthians campeão brasileiro de 2017. Mesmo em relação ao time que triunfou no Estadual desta temporada, a mudança é brusca, e o momento, de descrença.
O último a puxar o carro foi Rodriguinho, negociado com o fraco futebol egípcio por valores que irritaram os torcedores. Com isso, a esperança está novamente nos pés do experiente Jadson.
O meia de 34 anos é um dos que ficaram. E tenta mostrar, a partir do confronto com o Cruzeiro, hoje, em Itaquera, que a formação alvinegra tem solução mesmo após várias saídas —entre elas, a do treinador Fábio Carille, substituído pelo contestadíssimo Osmar Loss.
“No ano passado, também teve desconfiança. Fomos campeões do Paulista e do Brasileiro. Neste ano, a mesma coisa, ganhamos o Paulista. Ainda estamos em três competições importantes. Vamos tentar beliscar alguma”, afirmou Jadson.
Para que isso ocorra, ele terá de voltar a atuar em grande nível. Com a saída de Rodriguinho, jogará em sua função favorita, como armador central das jogadas.
“Estou feliz com essa oportunidade, na posição de que gosto”, disse o camisa 10, que se habituou a cair pelo lado direito desde 2015, a pedido do técnico Tite.
O atleta se saiu bem partindo da ponta, mas a idade já não lhe permite executar as tarefas defensivas da posição. Agora, será efetivamente o maestro e se julga capaz de cumprir o papel.
“Acho que fica melhor. Tenho conversado com o Gabriel, com o Douglas agora. É muito importante que eles me achem para eu pegar a bola tranquilo e armar o jogo”, afirmou o jogador.
Como ocorreu outras vezes, há desconfiança é grande. Sob a batuta de Jadson, o Corinthians tenta superá-la mais uma vez.