Acidentes na Grande SP têm 40% das mortes em estradas
Levantamento, que exclui a capital, mostra que 1.207 pessoas acabaram mortas em rodovias
% 34,1 25,3 18,2 16,7
5,8 39,3 35,1 10,3 9,6 5,7
Quatro em cada dez mortes em acidentes de trânsito nas cidades da Grande SP, excetuando-se a capital, ocorreram em rodovias. Levantamento feito pelo Agora com base no Infosiga, do governo estadual, mostra que, de 2015 até junho deste ano, foram 3.254 casos, sendo 1.207 nas estradas.
Cortada por Fernão Dias, Presidente Dutra e Ayrton Senna, Guarulhos foi a cidade com o maior número de mortes no período (204).
Entre as rodovias que aparecem identificadas no Infosiga, o destaque negativo ficou com a Régis Bittencourt, responsável por 171 casos.
O trânsito mata nas estradas principalmente adultos jovens do sexo masculino (18 a 39 anos), que correspondem a quase metade das vítimas. No geral, homens são praticamente oito em cada dez vítimas.
Não só quem está no veículo morre nos acidentes. Quatro em cada dez mortes foram de pedestres. E um quarto dos mortos era motociclista.
Os acidentes fatais ocorrem principalmente no período noturno e na madrugada, com seis em cada dez casos.
O fim de semana é o período mais perigoso. Quatro em cada dez (41,5%) mortes em acidentes ocorreram aos sábados e domingos.
Segurança
Capitão do 1º Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, Milton Ossamu Yuki afirma que foram indicados alguns pontos como os principais causadores de mortes no trânsito. Entre eles, a presença de pedestres nas rodovias. “Há muitas pessoas que morrem atropeladas a 100 metros de uma passarela. Criamos algumas ações em parceria com concessionárias. A Ecovias [concessionária], por exemplo, oferece café da manhã nas passarelas para atrair a atenção dos pedestres”, diz.
Outro ponto tem chamado a atenção da polícia nas rodovias. “Em 2017, incluímos o celular como um dos problemas. Virou epidemia. A falta de atenção é causada pelo uso do aparelho e já acionamos os batalhões para que façam a fiscalização.”
Imprudência e inexperiência são os motivos para o grande número de mortes entre adultos jovens, segundo o capitão.