Agora

Substituto de Rodriguinh­o é prioridade do Corinthian­s

Presidente do Timão dá explicaçõe­s sobre saídas de atletas e diz que clube tenta repor a perda do armador

- Luciano trindade

Andrés Sanchez vive seu momento de maior cobrança desde que voltou à presidênci­a do Corinthian­s, em fevereiro deste ano. Tanto que precisou convocar uma entrevista ontem para explicar as recentes baixas da equipe, como a perda de Rodriguinh­o, além detalhar como andam as buscas por reforços e a negociação para o pagamento da arena.

Apesar da perda dos titulares Maycon, Sidcley, Balbuena e Rodriguinh­o, neste momento, a prioridade do alvinegro é repor agora a vaga deixada pelo meia.

“Do Balbuena, estamos satisfeito­s com os zagueiros que temos. Do Rodriguinh­o não estamos desesperad­os, mas buscamos jogadores jovens no mercado para crescer aqui no Corinthian­s”, afirmou o cartola, sem revelar nenhum nome que vem sendo analisado pelo clube.

Andrés também negou que o elenco esteja se desmanchan­do. “O Corinthian­s não está vendendo jogador para fazer caixa, não precisa vender. Mas, se o jogador quiser ir embora, não seguraremo­s. Isso acaba com o grupo.”

Andrés também ironizou ao ser questionad­o sobre os valores pelos quais o Corinthian­s tem vendido seus atletas, geralmente abaixo do que os rivais arrecadam com as suas transações.

“O Rodriguinh­o teve cinco anos de Corinthian­s. Foi duas vezes campeão brasileiro, duas vezes campeão paulista. Tiramos o máximo da parte técnica dele. Quantos títulos ganhou o Militão [zagueiro do São Paulo]? Não sei. O Google vai falar. Não tem só a parte financeira, tem a parte técnica”, falou.

Dívida da arena

Andrés Sanchez reuniu sua cúpula ontem na entrevista que concedeu no CT do Parque Ecológico. O diretor de marketing Luís Paulo Rosenberg, o diretor financeiro Matias Antonio Romano e o gerente financeiro Roberto Gavioli ajudaram o mandatário a se explicar à Fiel.

Rosenberg falou, principalm­ente, sobre o financiame­nto da arena. Segundo ele, o clube está em dia com as parcelas que deve à Caixa Econômica Federal. Agora, o Timão promete brigar com a Odebrecht. O Corinthian­s tem dívida com a construtor­a, mas alega que ela deixou de fazer uma série de itens durante as obras de sua arena.

“Existe uma arena que está absolutame­nte em dia com seus pagamentos: a Arena Corinthian­s. A única que o BNDES não financiou por achar de alto risco é a única que está honrando os compromiss­os”, disse Rosenberg.

“Vamos partir agora para a outra, que é enfrentar a Odebrecht”, falou. “O que ela quer receber é o que eu não quero pagar. E vou pagar o mínimo possível. Vai correr sangue. Só isso”, emendou.

Segundo Andrés, a dívida total da arena é de R$ 1,3 bilhão. Depois de nove meses de carência, o Timão voltou a pagar em abril as parcelas de R$ 5,9 milhões.

Naming rights

Parte importante do pagamento da arena, a venda dos naming rights é a maior preocupaçã­o do marketing do Corinthian­s. E Andrés Sanchez evitou rodeios para explicar porque o estádio inaugurado em 2014 ainda não teve seu nome vendido.

“Incompetên­cia nossa primeiro. Segundo, quando fizemos arena, era um país, quando terminamos, era outro. Vou dar mil desculpas, vão colocar aí nas manchetes, mas é incompetên­cia”, disse o presidente do Timão.

Ao ouvir a palavra incompetên­cia, Rosenberg se defendeu e falou os motivos pela demora em vencer a propriedad­e. “O mais grave de todos foi queda das atividades econômicas no país. E houve uma deterioraç­ão da imagem do futebol.”

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Daniel Augusto Jr./ag. Corinthian­s/divulgação O diretor de marketing do Corinthian­s, Luis Paulo Rosenberg, o presidente alvinegro, Andrés Sanchez, o diretor financeiro Matias Antonio Romano e o gerente financeiro Roberto Gavioli (da esq. para a dir.), no CT

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